O Coletivo Manguinhos Cria, composto por produtores culturais, educadores, artistas e crias de Manguinhos, anunciou o projeto Cine Manguinhos. As exibições serão na sala de cinema da Biblioteca Parque Marielle Franco, que será reativada, e os moradores, principalmente as crianças e jovens da comunidade, poderão ter a experiência de assistir a um filme com pipoca e amigos de forma gratuita todo domingo. O lançamento será dia 25/09 e os ingressos serão distribuídos na própria recepção da biblioteca.
A iniciativa é organizada em parceria com o Coletivo Paquistão, voltado para cultura e que já atuava nesse território, além do ECA Aworan, escola de audiovisual com viés racial, composto exclusivamente por pessoas negras. A ideia é que todo domingo o cinema seja aberto e exiba três sessões por dia: 15h é sessão Bebel, com filmes mais voltados para as crianças, 17h é a DiCria, para os jovens e 21h é a sessão morador, com filmes para faixa etária dos adultos.
Um diferencial é que todas as produções serão independentes, com curtas entre 20 a 30 minutos, com toda curadoria tendo passado pelos produtores que autorizaram a exibição.
Outro grande destaque é para o restante da experiência do cinema, onde as crianças também recerão um kit lanche com cachorro-quente, pipoca e refrigerante, que só poderão consumir antes da sessão, para que possam evitar tirar a máscara dentro do ambiente fechado.
Por conta do covid-19, a lotação do cinema foi reduzida em mais da metade, visto que pode comportar até 250 pessoas, mas preferiram restringir para 120. Os organizadores também estão atrás de outros parceiros e patrocinadores, como a Fiocruz, que fez a doação de máscaras de proteção contra o coronavírus. Para cobrir outros custos como o álcool gel (que será distribuído na entrada e na saída), pipoca, lanches, entre outros, o coletivo está lançando um pedido para que as pessoas possam colaborar pelo pix com qualquer valor: manguinhoscria@gmail.com
Bruno, um dos integrantes do Manguinhos Cria, diz que o projeto foi criado para que não seja uma ação pontual, mas sim algo constante, que possa virar um hábito entre as crianças e famílias. Ele enfatiza que para as crianças da favela, a ida ao cinema é um luxo, que não condiz com a condição financeira da maioria. E para isso, querem movimentar os recursos culturais que estão parados, e poder levar cultura para as crianças.
“Nosso desejo é fazer deste espaço um portal para que possam viajar para outros mundos. Para que as crianças assistam aos filmes e que eles possam fazê-las expandirem sua visão do mundo, para além da realidade vivida na comunidade”, finaliza Bruno.
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