Projetos realizam ações com elementos da cultura afro-brasileira
Espaço Brincante
Aliar as brincadeiras infantis com a cultura popular. Ensinar por meio de instrumentos, arte, música e danças como a capoeira e o jongo, dança brasileira de origem africana que é praticada ao som de tambores. Fazer com que as crianças convivam umas com as outras e se apropriem do patrimônio lúdico e cultural brasileiro. Assim atua o Espaço Brincante, uma ideia desenvolvida por Warlon da Silva Rosa, mais conhecido como professor Brinquedo, morador da zona oeste do Rio de Janeiro, voluntário em projetos sociais como o Nóiz, na região do Karatê, na Cidade de Deus.
“Há algum tempo atuando com turmas infantis, percebi que, infelizmente, as crianças não estavam mais brincando como crianças. Uma situação que me trouxe inquietude e vontade de fazer algo que pudesse mudar essa situação. Passei a pesquisar o universo de expressões culturais, unindo aos ensinamentos da capoeira e desenvolvi o Espaço Brincante”, explica o professor.
O projeto é desenvolvido principalmente em organizações sociais. “Conhecemos o professor Brinquedo numa apresentação. Nos apaixonamos pelo conceito e a forma como ele lida com as crianças. É muito importante que elas possam receber esse aprendizado, uma semente que brotamos e vai dar muitos frutos”, conta André Melo, presidente da ONG Nóiz.
Vivências em danças populares
Possibilitar ambientes de conexão com o nosso corpo e ir ao encontro de tudo aquilo que nos rodeia, através dos elementos como cantos, músicas e as danças (jongo, maracatu, carimbó, samba de coco e de roda). Assim como o universo lúdico das brincadeiras e do equilíbrio corporal e da mente, no chão e nas alturas, com o uso da perna de pau. Essa é a proposta do projeto Vivências em danças populares, que já realizou atividades no Morro da Babilônia junto ao projeto Favela Orgânica, na Rocinha e em Realengo, em conexão com o ponto de cultura Lata Doida.
O projeto surgiu em 2019, idealizado por Natalia Sant’Anna e Bruno Cezzá. “Desde 2009, quando fui morar no Centro da cidade do Rio, venho aprendendo através de rodas, grupos, mestras e mestres da cultura popular um pouco das nossas riquezas, que não são divulgadas e valorizadas como deveriam. Infelizmente, em Campo Grande, lugar onde nasci e cresci, não era comum ver esses movimentos culturais”, conta Natália.
A artista-educadora afirma que o mesmo aconteceu com Bruno, seu parceiro, que nasceu e cresceu em Olinda, Nilópolis, e assim como ela, não via o quanto a arte e a cultura popular, estavam presentes no cotidiano.
“A perna de pau, por exemplo, é um brinquedo cheio de magia e história e desperta nos corações o poder do brincar. As experiências vividas nos encontros mostram que a música e os movimentos trazem diferentes níveis de aprendizados nos âmbitos pessoais e técnicos, por isso levamos em consideração as particularidades de cada participante, principalmente as crianças”, finaliza Natália.
Matéria publicada originalmente no jornal A Voz da Favela edição (outubro/2021)
Você já leu a matéria sobre a casa do Hip Hop na Bahia? Confira agora.
Gostou da matéria?
Contribuindo na nossa campanha da Benfeitoria você recebe nosso jornal mensalmente em casa e apoia no desenvolvimento dos projetos da ANF.
Basta clicar no link para saber as instruções: Benfeitoria Agência de Notícias das Favelas
Conheça nossas redes sociais:
Instagram: https://www.instagram.com/agenciadenoticiasdasfavelas/
Facebook: https://www.facebook.com/agenciadenoticiasdasfavelas
Twitter: https://twitter.com/noticiasfavelas