Os espetáculos “Corpos sãos em todo lugar” e “Lágrima” serão apresentados de forma gratuita no Centro Cultural Professora Dyla Sylvia de Sá, localizado na Praça Seca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Após temporada no Centro Coreográfico, a diretora e coreógrafa Tamires Serpa vai apresentar os espetáculos no próximo sábado, dia 20 de novembro, às 15h.
O primeiro espetáculo conta com nove bailarinos em cena e faz uma crítica aos padrões estéticos no meio da dança, já o segundo espetáculo busca refletir sobre as ausências e carências.
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Durante a exibição também será apresentado em audiovisual as bailarinas narrando suas histórias que envolvem a paixão pela dança e também episódios vividos por elas, envolvendo preconceito por conta de seus corpos.
“Eu sempre senti muita diferença de mim para as outras crianças porque eu sempre fui gordinha. Sempre que eu participava eu era ‘a árvore’ do espetáculo! Eu nunca era a principal; ou tinha algum papel especial ou podia dançar na frente de alguma coreografia”, disse Lívia Citelli.
“Esse trabalho tem uma importância fundamental na vida de todo mundo, na autoestima da pessoa enquanto ela mesma na sociedade e enquanto ela na dança”, falou Yohana Guimarães.
O espetáculo também conta com a participação de Marcondes Mesqueu, um bailarino de 69 anos, com o objetivo de ressaltar que não há corpo e nem idade ideal para dançar.
“São trabalhos que mexem muito com o público, tanto de dentro quanto de fora do meio da dança. Realmente, em uma sociedade que reproduz uma série de padrões impostos pela “indústria da beleza”, não somos acostumados a ver corpos reais em apresentações de dança, e esse impacto de ver pessoas que têm curvas, celulites, marcas de idade entre outras ditas “imperfeições” em cena gera desde identificação até ojeriza. Já recebi críticas pesadas, inclusive alegando que o trabalho cultua a “falta de saúde” por colocar corpos gordos em cena, mas recebo muito mais retornos positivos e que falam da representatividade e da voz que o projeto dá a pessoas que antes se privavam por medo da reprovação diante de seus corpos. Vai além da técnica: é sobre empoderar quem chegou a desacreditar da dança a se dar uma chance de ver como o corpo pode ser incrível!”, disse a diretora Tamires Serpa.
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