Projeto “Raízes Mucunã” resgata a ancestralidade através da estética

Crédito: Divulgação

Neste sábado, 20 de novembro será lançado o ensaio fotográfico do projeto “Raízes Mucunã”, nas plataformas digitais da ação e de seus parceiros.

“Raízes Mucunã” é uma iniciativa afrocentrada que tem desde sua criação ao casting de modelos, pessoas pretas dentre suas diversidades envolvidas e busca exaltar a beleza ancestral afro-brasileira através da estética.

Lançado no dia da Consciência Negra, os materiais em vídeos e fotos foram realizados na Lagoa do Abaeté, em Salvador, exibem a extrema importância de mantermos vivos nossa ancestralidade e coletividade. Além de um catálogo, o ensaio se tornará um mini documentário direcionado a potência e auto estima do povo preto.
Serão realizadas também rodas de conversa, apresentações culturais e desfiles de moda para instituições sociais com o objetivo de alcançar jovens e crianças negras em suas comunidades.
Em sua primeira edição, o “Raízes Mucunã”, teve o auxilio de 14 afro empreendimentos baianos de atuação nacional e internacional, apoiaram de várias maneiras, com as roupas do ensaio, comida, transporte e fotografia.
Assim o projeto se compromete trazer a cena potencialidade de empresários e micro
empreendedores negros, que é vasta no Brasil.
Durante o ano de 2020 foi elaborada a pesquisa “O Impacto da pandemia de coronavírus nos Pequenos Negócios” pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Foi identificado que 68% dos microempresários no Brasil são negros e destes, 41% são mulheres que estão a frente do negocio.
Esta também é realidade da criadora e diretora do “Raízes Mucunã”, Gilsilene Araújo de 24 anos, moradora do Nordeste de Amaralina, mulher preta, trancista, influencer, bailarina, coordenadora de Arte e Cultura do movimento “Vai Ter Gorda” e produtora cultural. Segundo ela, o objetivo de lançar no mês da Consciência Negra o ensaio é mostrar a importância e o papel do jovem negro na sociedade, a força do afro empreendimento e a presença da moda com identidade.
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Para Gilsilene uma das importâncias do projeto é exibir a união do povo preto,
“Trazer através da união de empreendedores negros a força e beleza da diversidade
de nossos povos através de heranças ancestrais que como o nosso Mucunã
(cabelo) foi além da forma estética para a força de libertação”, afirma a idealizadora
do “Raízes Mucunã”.
O nome do projeto remete para sua criadora grandes significados, “Raízes”
representa a base forte, a resiliência e a ancestralidade. Já “Mucunã” remete a
heranças carregadas em ori (cabeça) trazendo texturas em cada fio, riqueza e
resistência em tranças que além da beleza, eram rotas de fuga para nossos
antepassados escravizados.
O projeto conta com lojas como Negrif, Loja cor da Pele, Osurpa Productions, Omin
Acessórios, Madame Ousadia, Ser Mulher Orixás Center, Apaixonadas por Jumbo e
Bela Cosméticos. Os registros em imagem e vídeo foram feitos por “Um Olhar
Preto”, Jaguaraira do Brasil, Anderson Bam e Rafael Cruz, e apoio técnico e de
produção de Pablo Araújo, Vell Gomes, Emily Janaína e Ítalo Oliveira.
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