Maranhão lidera assassinatos de quilombolas em 2021

Crédito: Divulgação

De acordo com o levantamento ‘Violência contra a Ocupação e a Posse’, apresentado pelo Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (CPT) – Dom Tomás Balduino (Cedoc/CPT), em 2021, o Maranhão lidera nos números registrados de assassinatos de quilombolas, com nove mortes no total e, além disso, todas vítimas quilombolas do período eram do estado.

Até novembro deste anos, houve um aumento de 30% nos assassinatos em conflitos no campo comparado com todo o ano de 2020.

A pesquisa também revela que todos os sem-terras assassinados no período analisado foram mortos na Amazônia, dentre os quais, cindo eram de Rondônia. Três deles foram assassinados em um massacre no dia 13 de agosto pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PM de Rondônia e pela Força de Segurança Nacional, no Acampamento Ademar Ferreira, em Nova Mutum, distrito de Porto Velho. Todos eram integrantes da Liga dos Camponeses Pobres.

O levantamento também registra que, nos primeiros 8 meses deste ano, foram 418 territórios que sofreram violência contra a ocupação e a posse, sendo que 28% são indígenas, 23% são quilombolas, 14% são territórios de posseiros e 13% são de sem-terras. Nesses territórios, a destruição de casas aumentou em 94%, a destruição de pertences em 104%, a expulsão em 153%, a grilagem em 113%, a pistolagem em 118% e o impedimento de acesso às áreas de uso coletivo aumentou em 1.057%, ultrapassando todo o registrado em 2020.

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