Vivemos um período de muitos paradoxos e confusões, em que os trabalhadores se veem cada vez mais em péssimas situações: sem trabalho, moradia, educação, habitação, transporte coletivo e público, etc. Ainda que não estejamos vendo os mesmos reagir, indo às ruas para frear os ataques aos seus direitos, volta e meia, de uma forma ou de outra, manifestam suas reivindicações.
Durante o carnaval, ocorreram diversas críticas, tanto advindas das agremiações de escolas de samba, quanto daquelas e daqueles que assistiam aos desfiles. Importante ressaltar o majestoso desfile da Mangueira, o qual trouxe críticas acentuadas ao atual prefeito do Rio Marcelo Crivella. Enquanto isso, a Paraíso do Tuiuti, em um verdadeiro desfile das campeãs, criticou o presidente Temer.
Não podemos, também, deixar de lembrar dos blocos de rua, que fizeram suas críticas, das mais simples às mais criativas. Após muitos anos, o carnaval reviveu tempos idos de contestação social, visto que as escolas de samba, também, têm sofrido com os ataques. Em seus desfiles, mostraram as críticas sociais conjugada com a beleza e felicidade da maior festa do Brasil.
Interessante notar que a luta por direitos não deve ser somente no carnaval, pois precisamos reagir, imediatamente, para reaver o que nos foi tirado, assim como conquistar novos direitos. A intervenção militar presidencial veio para mostrar que eles não estão contentes com nossas lutas e que, se for preciso, vão aumentar ainda mais a ação letal das forças armadas.
Antes que aconteça um extermínio ainda maior, é preciso que continuemos as lutas por nossos direitos. Podemos imaginar que todo dia é carnaval e sairmos às ruas para requerer tudo aquilo que é nosso.