Vozes da periferia de Salvador ecoando através da comunicação comunitária.
Salvador será presenteado no seu mês de aniversário (Março), com um curso de extensão em comunicação comunitária que visa contribuir na produção de conteúdos jornalísticos. As matérias serão produzidas por moradores das periferias da cidade.
Isso ocorrerá com a qualificação de 25 comunicadores que terão orientações específicas sobre comunicação no curso RACC- Rede de Agentes Comunitários de Comunicação oferecido pela Agência de Notícias das Favelas- ANF, que tem sede no Rio de Janeiro e articulações pelo Brasil.
Em sua terceira edição o curso acontece pela primeira vez fora do RJ e durante 3 meses moradores de Salvador terão aulas teóricas e práticas, receberam material didático e o Manual de Redação da Favela, produzido pela ANF, norteador na produção.
Estudantes, professores, palestrantes, coordenadores executivo e pedagógico foram selecionados criteriosamente para colocarem em prática esse projeto piloto na capital baiana, que além de toda equipe técnica envolvida diretamente, conta com mais de 30 comunicadores sociais.
Os comunicadores que atuam como colaboradores na ANF não necessariamente são profissionais da comunicação, mas, a utilizam nas suas ações como ferramenta de mobilização e articulação, assim como muitos coletivos através do portal e do jornal impresso, contribuem nessa pauta, caso do Coletivo Bairro da Paz News que têm na sua equipe Jornalistas, Pedagogos, Profissional do Serviço Social e de Artes Cênicas.
Outros coletivos de Salvador estão participando das ações, e o desafio lançado agora é o curso de extensão, que é visto pelo colaboradores como um marco para a comunicação das periferias de Salvador, que terão após o curso um grupo de comunicadores mais sensíveis e responsáveis com a valorização e autoestima de suas comunidade compartilhando suas produções jornalísticas através do portal e dos 50 mil exemplares do jornal A Voz da Favela distribuídos pela cidade.
Isso mesmo, serão 50 mil jornais que estarão circulando nas periferias de Salvador mensalmente, com matérias feitas pelos participantes do curso, são as vozes da periferia sendo ampliada e mostrando as comunidades pelo olhar de quem vive nelas, com a militância e resiliência de quem vivencia lutas e conquistas no dia-a-dia, contrariando as estatísticas sociais e desfazendo o estereótipo negativo dos bairros mais pobres e dos seus moradores.
“Quem não se comunica, se trumbica.” Chacrinha