A hora e a vez do Super Xandão

Caminhões ainda bloqueiam estradas,

Se por um lado saudosistas promovem arruaças nas rodovias e portas de quartéis para defender com denúncias de fraudes sem qualquer evidência séria a permanência do presidente derrotado nas urnas, de outro vemos a montagem acelerada da equipe de transição do governo atual para o próximo, sob o comando de Geraldo Ackmin, Aloisio Mercadante e Gleisi Hoffmann. Alguém um tanto distraído pode alegar que de nada adiantarão os esforços de construção do futuro enquanto o presente insiste em acenar com o passado, ameaçando jogar o país novamente na ciranda do atraso e do obscurantismo em que está metido desde o ex-presidente Michel Temer.

Nessa marcha determinada para o passado, basta um pingo de bom senso dos cabeças da sociedade para pôr fim às manifestações antidemocráticas nas estradas e áreas militares. É hora de dar um basta, fichar alguns dos líderes, processar e condenar outros e sobretudo identificar de onde vem o dinheiro que sustenta os movimentos, A empresária e política Katia Abreu, que conhece de perto os sabotadores infiltrados no agronegócio, disse na televisão que esta demonstração de força é muito dispendiosa, manter caminhões parados custa grana, e eu acrescento que encher as portas dos quartéis de manifestantes também é caro, as pessoas estão faltando ao trabalho, à escola, obviamente pagas para fazer isso.

A pouca vergonha que já apontei aqui de lideranças empresariais golpistas está cada dia mais à vista e é urgente que as autoridades policiais investiguem e exponham os núcleos de empresários transportadores, processem e ponham pelo menos alguns atrás das grades, mesmo sabendo que essas pessoas são as donas das cadeias e das polícias. Parece ser esta a intenção da turma do ministro Alexandre de Morais, alcunhado de “Xandão”, em sinal do temor e respeito que impõe ao baderneiros.

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Luiz Augusto Gollo
Editor, escritor e redator. Cinco décadas escrevendo para jornal, revista, televisão, vídeo, deputado, senador, ministros e até mulher de governador. Também para agências de publicidade, roteiros vários, campanhas políticas próximas e remotas...sem falar em ficção para televisão e livros e outras publicações. Ah, tem também a apresentação de programas de rádio e televisão, em Brasília e no Rio de Janeiro, de transmissão local ou nacional, de pouca ou muita audiência, sempre rompendo limites políticos, estéticos, morais e outros.