Hoje a dança na comunidade é um grande salvador de vidas e está crescendo em grande proporção, incentivando o interesse de crianças e jovens pela arte. E quando você dá o primeiro passo nesse mundo da arte descobre um mundo de curiosidades de um jeito atraente, como é a dança. Desde que o primeiro passo foi dado você jamais estará no mesmo lugar, é como se fosse um abraço quente e aconchegante no frio da realidade de quem é das favelas do Rio. Seja qual for o tipo de dança, o breakdance, a capoeira, o frevo, o balé clássico, salão, afro etc., mas o destaque aqui, a princípio, é para uma dança que vem realmente de lá das favelas, uma que é de certa forma o berço de crianças que talvez se perderiam, uma que envolve quase todos os tipos de modalidades de dança numa só: o passinho.
São vários motivos que incentivam esses jovens a entrarem na dança, um deles é o privilégio de atravessarem barreiras sociais, criadas por fatos tristes e cruéis da nossa realidade, que são as facções criminosas. E a dança te faz criar asas pra voar para bem longe desse ambiente de criminalidade.
O coletivo Favela Dança foi criado, dia 29 de setembro de 2018, espontaneamente, após o cancelamento de uma competição de danças urbanas em São Gonçalo e nesse momento um pensamento surgiu “Se a vida lhe der um limão faça uma limonada”.
Após conversas oficializaram o nome para Coletivo Favela Dança, no qual usam teatro, poesia, dança e musicalidade como forma de expressão, sempre passando uma mensagem para o público. Ainda não possuem nenhum tipo de ajuda financeira, então a maior dificuldade é ter dinheiro de passagem para ir aos ensaios que são realizados em Copacabana, na Ladeira dos Tabajaras.
O coletivo se mantém realizando flash mob pelas ruas com o chapéu. Aceitam doações de roupas, artigos de dança e alimento não perecíveis.
- Matéria do jornal A Voz da Favela edição de Novembro 2018