A importância dos brechós na crise do país

O que fazer quando o salário já está todo direcionado para as contas do mês? Como gerar uma renda extra com roupas ou objetos sem uso?

De uns anos para cá o número de ambulantes trabalhando em ônibus, trens e metrôs aumentaram drasticamente. O país passou por uma enorme crise financeira e formas alternativas de gerar renda foram sendo exploradas. Outra saída que tem se popularizado muito na cidade do Rio de Janeiro são os brechós. Embora já exista uma cultura de brechós em outras cidades como São Paulo e Curitiba, no Rio eles vêm surgindo e fazendo parte da rotina dos cariocas. Aliás, quem resiste a uma boa peça por R$2?

– Administrar um brechó garante renda.

Aquela camisa que seu filho não usa mais, o sapato que você não usa mais, as revistas velhas de 1999 todos esses objetos se tornam produtos prontos para gerar receita e ganhar um novo significado, afinal, o que não serve para um pode ser muito útil para outro. Um dos pontos positivos disso é que os brechós atendem a população da forma mais igualitária possível, atendendo tanto as necessidades do público de baixa renda, quanto os de renda superior. Seja em casa, em um espaço alugado ou até mesmo via internet os brechós se tornaram uma verdadeira moda e referência de estilo. O Brechó Replay em São Paulo, e o Maria Louca aqui no Rio são exemplos disso.

– Comprar em brechó poupa sua renda.

Já pensou em obter ótimas peças por R$ 30? E por R$ 20? E por R$ 10? Na realidade capitalista isso soa utópico, mas na cultura dos brechós isso é real. Assim como as grandes lojas, os brechós também têm sua identidade visual, público etc. que os tornam únicos. Alguns focam em peças mais em conta; outros em peças mais vintage; em peças de marca; outros se dividem em móveis e utensílios como brinquedos e malas. O fato é que neles você encontra de tudo. “Eu amo os brechós de várias maneiras. O valor das peças, a exclusividade, a facilidade e é uma forma de ajudar as pessoas, que em sua maioria também vivem dentro da comunidade”, conta Andy Ferreira, de 22 anos, moradora da CCPL, em Benfica. Ela completa que seu melhor achado em um brechó foi um tênis da Reebok que custou apenas R$ 5.

Se você nunca frequentou um brechó, permita-se conhecer e experimente comprar conscientemente. Segue abaixo o link do canal de Bruno Odacham com várias dicas bem legais de brechós na cidade:

https://www.youtube.com/channel/UCIa5y5DW4kGP7qU_vyg5pAw

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Matéria do Jornal a Voz da Favela, edição de dezembro de 2018