Apesar dos diversos problemas envolvendo as Olimpíadas do Rio de Janeiro, ela já é uma realidade para os brasileiros, que, como bons patriotas, certamente não vão deixar de torcer pelos atletas do seu país. Todos sabemos que a representatividade da favela no evento é mínima e, muitas vezes, parece haver uma clara intenção em escondê-la do estrangeiro. Mesmo com este evento ocorrendo tão próximo de nós, muitos só terão oportunidade de assistir aos jogos pela televisão. Além disso, já é esperado o baixo alcance do legado dos Jogos Olímpicos para os moradores das comunidades da cidade.
Mas nem tudo é tristeza para a favela: ela terá também os seus representantes nos Jogos. Para quem não sabe, os atletas Ygor Coelho e Lohaynny Vicente são moradores do Morro da Chacrinha, na Zona Oeste, e, aos 20 anos, representam o Brasil no badminton, modalidade esportiva praticada com raquete e uma espécie de peteca. Oriundos do projeto social Associação Miratus, os jovens assumiram um papel de destaque, conquistando ótimos resultados e subindo no ranking mundial.
Outro projeto que deu certo nas favelas do Rio foi o Instituto Reação, do judoca Flávio Canto, que oferece aulas de judô para crianças e adolescentes em cinco comunidades. Na Rocinha, foram vários os jovens que obtiveram bons frutos a partir do projeto, investindo em cursos superiores de Educação Física e colaborando com as aulas para as crianças da região. A judoca medalhista de ouro Rafaela Silva é cria do projeto.
Isso serve para lembrar que os moradores de favela precisam mesmo é de oportunidades.