O Comitê Ação Cidadania é um projeto que promove ações que beneficiam famílias em todo país. Na Bahia, às ações acontecem em Salvador, região metropolitana e algumas cidades do estado.
Há 5 anos, o projeto realiza ações de combate a fome que contam com a colaboração de diversos grupos religiosos, como por exemplo, Igrejas Evangélicas, Terreiros de Candomblé e de Umbanda, que se unem por um único objetivo: matar a fome da população.
O Comitê: A Parada é Fome. Irmã-irmão, tem a parceria dos Agentes de Pastoral Negros e outras organizações que coordena o Comitê Estadual na Bahia.
“Na primeira semana de janeiro, deste ano, nós fizemos uma coisa inovadora, acho que inovadora no Brasil. Nós como atendemos muita comunidade quilombola, comunidade tradicional e algumas marisqueiras e pescadores, fizemos uma parceria com uma comunidade de Ilha de Maré, que tem a sua liderança Eliete. Nós doamos para a comunidade 55 cestas e eles nos doaram cerca de 100 kg de peixes para que pudéssemos distribuir entres as famílias carentes”, destaca Edgar Moura, um dos coordenadores do Comitê Ação Cidadania.
A distribuição dos peixes ocorreu na sede do CEPAIA (Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos), no Centro Histórico de Salvador, um espaço ligado a UNEB (Universidade Estadual da Bahia), local importante no Pelourinho.
Em dezembro de 2022, a campanha Natal Sem Fome foi destaque e beneficiou milhares de pessoas. Na época foram distribuídas 1.500 cestas básicas, atendendo a 35 coletivos na Bahia, nas cidades de Salvador, Cachoeira, Araçás, Entre Rios, Vitória da Conquista, Camaçari, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Conde e nas ilhas de Itaparica e da Maré.
Para Edgar Moura, a situação da fome no Brasil é uma questão de politicas públicas e que precisam ser resolvidas com urgência, para isso é necessário atuar no processo de conscientização de maneira estratégica e objetiva.
“Nós precisamos convencer as pessoas que o problema da fome é uma questão de política pública, o estado brasileiro é obrigado a ter programas de políticas públicas para combater a fome. O problema da fome passa pelo racismo estrutural e institucional que ajuda a aumentar a desigualdade econômica e social e com isso é consequência também a fome e nós não temos nenhuma dificuldade de afirmar isso pois todos os dados mostram que a questão da fome é uma falha do estado brasileiro”, comenta Edgar.
Entendendo o cenário complexo que o país se encontra ultimamente, principalmente com a crise econômica que atingiu a população com a Pandemia (Covid-19), os projetos e parcerias vem ganhando força no estado, pois a preocupação com a classe menos favorecida só aumenta e é necessário medidas urgentes para sanar os problemas.
A busca por apoio tem sido bastante reforçada e com bons resultados, como por exemplo a parceria com as comunidades quilombolas que doam alguns dos produtos que produzem para compor as cestas. A exemplo da Comunidade Quilombola Engenho da Ponte que fica localizada em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, que faz doação de azeite e outros itens.
Saiba mais
O “Comitê Ação Cidadania – APNs-Bahia”
O Comitê foi constituído em 2017. Dele participam mais de 40 organizações que se articulam solidariamente e permanentemente. Na pauta estão a defesa de direitos fundamentais, políticas públicas de combate à fome, soberania e segurança alimentar, enfrentamento ao racismo estrutural, a defesa da vida e da paz.
Regulamente são realizadas ações de formação cidadã, campanhas de arrecadação de alimentos, distribuição de cestas básicas, entre outras.
Outras informações através do Instagram @aparadaefome_bahia
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