Os estudantes que participaram do Congresso da União Nacional Estudantes (Conune), que aconteceu nos dias 10 a 14 de julho, na capital federal discutiram os ataques e desmonte à educação, denunciam os retrocessos a democracia e lutam contra a reforma da Previdência. Nos dois primeiros dias houveram debates sobre movimento estudantil, protagonismo da juventude, análise de conjuntura, direitos humanos e democracia. Entre os presentes o deputado Marcelo Freixo ( PSOL) , o jornalista Gleen Grenwald – jornalista do Intercept, deputado Orlando Silva ( PCdoB), Guilherme Boulos ( PSOL) entre outros convidados.
Para Mariana Dias atual presidente da UNE diz que a interação das juventudes nos debates dos diversos eixos temáticos traz a renovação para a entidade máxima de representação dos estudantes ” uma entidade de 80 anos é diariamente construída pelas juventudes mas nos debates é que vemos a articulação e vontade de construir uma nação igualitária. ” Diz Mariana
Além dos debates os estudantes junto as centrais sindicais chamaram um grande ato contra os cortes da educação da gestão Bolsonaro. Foram 50 mil pessoas na rua insatisfeitas com o governo. Para Renata Borges estudante de letras da Universidade Federal do Pernambuco o 57 congresso da UNE é um dos mais importantes da história da entidade ” não vamos ser a geração que viu uma ditadura voltar, o fim das universidades públicas e da previdência social ” afirma Renata. Para ela ter estudantes de todos os cantos do país na capital representa o pior pesadelo de Bolsonaro.
No fim do ato os estudantes, diretores sindicais, políticos chamaram todos os movimentos sociais , entidades e sociedade civil organizada a participar da paralisação geral contra a reforma da previdência no dia 13 de agosto.
Iago Montalvão é o novo presidente da UNE.
O estudante de economia da USP estará à frente da entidade nos próximos dois anos.
Iago Montalvão, é estudante da USP de economia, e é o novo presidente da UNE e ficará à frente do cargo nos próximos dois anos. Eleito no último domingo (14), no 57º Congresso da UNE com 4053 pela chapa Tsunami da educação em um total de 5715 votos, ele é militante da UJS ( União da Juventude Socialista).
O engajamento no movimento estudantil começou cedo e se manteve em interrupções: ainda na adolescência atuou no Grêmio do Colégio Aplicação, escola pública da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, onde cumpriu toda sua formação escolar, foi do time de basquete secundarista, depois quando foi bolsista do CNPq, atuou como
monitor do Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, seguiu para direção do DCE da UFG, foi vice-UNE Goiás e integrante do Centro Acadêmico Visconde de Cairu na USP.
Nos últimos dois anos ocupou a diretoria de memória estudantil UNE, porém de destacou pela competência, disciplina e na habilidade de construção de diálogos, para dissolver divergências.
“E é esse um dos objetivos que tenho para os próximos dois anos: construir consensos, ampliar diálogos, uma vez que estamos falando em representação de oito milhões de estudantes em todo país” observa Iago.
Defender o Acesso à Universidade.
A esperança do novo presidente da UNE é que as pessoas cada vez mais enxerguem o movimento estudantil como instrumento de transformação social.