O mosquito Aedes aegypti, principal transmissor dos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya, foi detectado em 97,8% dos 853 municípios de Minas Gerais, aponta a Secretaria Estadual de Saúde. Essa estatística supera os dados de 2022 não só em Minas, mas de todo o país.
Diante do quadro nacional preocupante, o Ministério da Saúde organizou campanha com a mensagem Brasil Unido Contra a Dengue, Zika e Chikungunya, para o combate das arboviroses – transmitidas por mosquitos, insetos, aranhas e carrapatos, por exemplo.
Entre as doenças que podem causar, algumas preocupam o Brasil diretamente, aquelas transmitidas pelo Zika vírus, além de dengue e Chikungunya. A mobilização do Ministério da Saúde alerta sobre os sinais e sintomas das doenças e as formas de controle e prevenção.
Além da veiculação de informações em canais tradicionais de mídia, o Ministério da Saúde estabeleceu parceria com a Agência de Notícias das Favelas (ANF) para instalação de minidoors sociais com alertas de prevenção.
São placas instaladas em periferias, onde a população precisa de atenção redobrada. Até agora, foram instaladas 84 placas espalhadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Natal e Belo Horizonte.
Dengue derruba com dores no corpo
A transmissão de doenças pelo Zika vírus, além de dengue e Chikungunya, são causadas pelo mesmo vetor. As três doenças têm características parecidas, porém a dengue se destaca pelas intensas dores no corpo.
Foi com essa a queixa de Alessandra Santos, 42 anos, moradora do bairro Mantiqueira, periferia da zona norte da capital mineira. Ela procurou a UPA do Santa Efigênia. “Eu estava com muita dor nas articulações, muita febre e com urticárias. Fui diagnosticada com dengue”, relembra.
Alessandra estava com os pais também doentes, aguardando atendimento no mesmo local. “O médico que me atendeu é muito bom”, diz.
Para Emily Ester, 20 anos, moradora da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os sintomas foram os mesmos. Emily mora no bairro Urca, em Ribeirão das Neves. Teve atendimento em dois locais, o Hospital Municipal São Judas Tadeu e o Hospital Risoleta Tolentino Neves.
Chikungunya tem sintomas prolongados
A experiência de Deyse Gonçalves, 36 anos, foi em 2020, durante a pandemia de Covid-19, no governo Bolsonaro, quando passou por uma consulta e foi diagnosticada com Chikungunya. O diagnóstico foi feito na UPA de Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Deyse conta que, na época, não recebeu as visitas dos agentes de saúde que atuam de casa em casa, orientando a população quanto aos riscos de contaminação. Integrantes dos postos de saúde precisam estar preparadas para as demandas das regiões, segundo a auxiliar de enfermagem Lucirlande Ferreira, 53 anos.
“No processo da doença, é preciso uma ação coletiva de envolvimento do poder público e dos usuários para desenvolver uma educação aplicada no combate ao vetor”. A profissional explica que, no caso da Chikungunya, os sintomas são prolongados e isso acaba deixando muitos pacientes desacreditados no tratamento.
Experiências marcantes da linha de frente
Lucirlande relata um dos casos mais marcantes ocorrido em um dos seus plantões. Uma jovem descobriu estar com Chikungunya no momento em que tratava da irmã em estado terminal oncológico. A irmã faleceu pelo câncer e ela se recuperou da arbovirose.
O Ministério da Saúde reforça que é preciso procurar o serviço de saúde mais próximo em caso de suspeita. E que a prevenção é a melhor forma de combater a doença.
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