Moradores relatam terror e desespero enfrentado durante ação policial que durou mais de 12 horas.
“Estou tensa, um clima horrível. Só Deus mesmo pela nossa comunidade”. É assim que uma moradora do complexo da Penha, que não quis se identificar, define o dia de hoje. Desse modo, até o início da noite a ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais), em conjunto com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), deixou cerca de 6 feridos e ao menos 25 mortos no local.
Então por volta das 3 horas da manhã os moradores foram acordados ao som de tiros tiros que anunciaram como seria o restante do dia. “Eu fui acordada com o barulho dos tiros, está o dia todo assim, nenhum comércio abriu aqui hoje, algumas pessoas ainda saíram para trabalhar e eu temo por elas”, relata a moradora.
As escolas do Complexo da Penha decidiram não abrir. A Secretaria Municipal de Educação informou que pela segurança dos alunos e funcionários manteria as unidades fechadas, mas ainda assim, realizaram aulas no formato online.
Nesse meio tempo, os próprios moradores realizaram buscas por mortos e feridos no matagal que une os complexos da Penha e do Alemão, “Eu esperei os tiros pararem um pouco e fui com minha vizinha procurar o filho dela, logo depois nós o achamos morto, um rapaz de apenas 20 anos. Tem muita gente desaparecida ainda, relata.
Com o então caos que se instaurou no lugar, os moradores só esperam o pior e o grande medo da maioria é o que ainda pode acontecer durante à noite. “A gente tem medo é da noite, o que pode acontecer com as pessoas que vão voltar do trabalho, tem muita gente inocente no meio disso”, finaliza a moradora.
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