A Polícia Técnica do estado do Rio de Janeiro confirmou através de laudo que a causa da morte do miliciano Adriano da Nóbrega foram dois tiros, como divulgado após autópsia feita na Bahia. A polícia fluminense ressaltou que os trajetos dos disparos foram identificados da mesma maneira, assim como as fraturas nas costelas causadas pela passagem das balas. A notícia foi veiculada em primeira mão na coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e repercutida em vários sites noticiosos. Adriano morreu no dia 9 de fevereiro na cidade de Esplanada, a 170 km de Salvador, no esconderijo onde resistiu à prisão.
A confirmação da autópsia baiana é fundamental para desmentir de vez o vídeo divulgado pelo hoje senador Flávio Bolsonaro quando o laudo original veio a público. Nele, aparece um corpo de homem de costas e com etiqueta de identificação no nome de Adriano. O governo da Bahia refutou o vídeo com argumento de que não tinha sido gravado no Instituto Médico Legal e, portanto, não tinha qualquer veracidade.
Flávio Bolsonaro postou o vídeo de uma autópsia desconhecida e dizia no texto que “foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros à queima-roupa, um na garganta de baixo para cima e outro no tórax, que perfurou coração e pulmões”.
O fazendeiro Leandro Abreu Guimarães, que abrigou Adriano durante cinco dias em sua propriedade no interior baiano, disse à polícia que ele recebia informações privilegiadas do Rio de Janeiro sobre sua perseguição, por isto deixou o local e foi para um sítio afastado na véspera de ser encontrado. Segundo o fazendeiro, Adriano estava muito nervoso e o obrigou, com um revólver, a levá-lo ao novo esconderijo. Lá, ameaçou-o de morte se contasse sobre o sitio.