O termo mais usado para definir a recente onda de casos de ódio, que segundo os relatos, estão sendo promovidos por eleitores de Jair Bolsonaro, incentivados pelos discursos de seu candidato, é o fascismo. A maioria das pessoas que propagam não fazem a menor ideia do que realmente significa o termo. Trazemos aqui então uma explicação histórica disso tudo, para conscientizar você, leitor, do que realmente está acontecendo.
O fascismo aconteceu na Europa, no século passado. Foi um movimento de extrema direita, que ocorreu logo após a Primeira Guerra Mundial, principalmente na Alemanha e Itália, países que foram humilhados no confronto. Era um regime de totalitarismo, onde reinava o autoritarismo dos governantes. Suas principais características eram contar com líderes carismáticos (Adolf Hitler e Benito Mussolini os mais conhecidos), controladores das grandes multidões, grandes oradores, e cultuados como figuras perfeitas. Os meios culturais eram controlados pela propaganda estatal e a imprensa foi calada. Além disso, havia muito militarismo e a apologia à violência era algo comum. Assim, houve muita perseguição a “categorias” consideradas socialmente inferiores, como judeus, ciganos, deficientes e homossexuais. Muitas vezes, a raça estava acima do indivíduo, e os arianos eram supostamente superiores.
Para entender a ascensão do fascismo nesse contexto, devemos saber que havia uma massa de cidadãos desencantados dos seus Estados velhos, por causa da humilhação sofrida na guerra, da ascensão de temidos movimentos socialistas, e do surgimento de um nacionalismo cada vez mais forte. O fascismo surgiu como um salvador, que protegeria o capitalismo, atraindo o apoio de pessoas da classe média e jovens. Parece que eles não se importaram em sofrer intervenção estatal na sua vida pública e privada, um monopólio do poder do Estado em toda e qualquer esfera social, o que era uma evidente negação da democracia.
Com todas essas informações, é hora de parar para pensar em quanto esse quadro do século passado está parecido com o nosso, e se realmente queremos eleger líderes que vão ameaçar nossa democracia, se assemelhando a esse terrível movimento que assolou a Europa por um certo tempo, tendo apresentado os piores resultados possíveis.