Quem mais se identifica com a agroecologia são as mulheres. Porque agroecologia é a resistência ao capitalismo e ao patriarcado por meio do respeito à terra. É uma nova cultura que não aceita nenhum tipo exploração e opressão. A realidade da agroecologia não tem a lógica do lucro, do machismo.
A construção da agroecologia é pautada pela justiça social e ambiental e, por isso, pressupõe o compartilhamento dos trabalhos domésticos e da produção agrícola, garantindo assim autonomia e igualdade, condições de acesso à terra, à água, sementes e vida social e política a todos.
A perspectiva feminista emancipacionista assim como a agroecologia liberta a todas as mulheres e também o alimento e a natureza de serem unicamente elementos de consumo e força de trabalho. Vivendo com acesso à terra e conciliando trabalho família e ecossistemas e qualidade do alimento, as agricultoras conseguem por em prática a economia criativa, a geração de renda e ampliação do espaço de poder dentro da comunidade.
Apoiar a agroecologia é ser feminista, antirracista e sustentável. É possível e necessário apoiar sistemas sem desigualdades e que visam a contratação de um mundo com igualdade.