Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revela que as mulheres negras alagoanas dedicam uma média de 21,7 horas semanais ao trabalho não remunerado, enquanto que os homens brancos e os negros dedicam quase metade desse tempo: 11,6 horas.
A pesquisa do IBGE entende como trabalho não remunerado aquele representado no estudo pelos cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos. O levantamento feito em 2019 faz parte da pesquisa “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e outros levantamentos.
O resultado da pesquisa foi apresentado na última quinta-feira (4).
O estado de Alagoas acompanha a realidade média no Brasil, onde as mulheres pretas ou pardas dedicavam 22 horas semanais contra as 10,9 horas semanais dos homens brancos.
Na análise com os demais estados do país, os homens brancos alagoanos, ao lado dos fluminenses, eram os que mais destinavam o tempo ao trabalho não remunerado. De um modo geral, a diferença entre homens e mulheres alagoanos era a 12ª maior do Brasil.
Outros dados da pesquisa indicam que as mulheres de Alagoas ocupam a 7ª maior posição em cargos gerenciais. Em 2019, 42% das pessoas ocupadas em cargos gerenciais em Alagoas eram mulheres, assim, o estado alagoano fica acima da média identificada para o Nordeste (40,9%) e para o Brasil (37,4%).
Comparado com outros estados, Alagoas, aparece atrás somente do Piauí (53%), Roraima (47,3%), Acre (46%), Pernambuco (45,1%), Sergipe (43,5%) e Rio de Janeiro (43%).