Com 20 países dentro do seu território (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela), a América latina é o segundo maior continente, atrás do continente asiático.

Esses países, ao longo da sua história vivenciaram é estão experimentando períodos turbulentos, principalmente ao que se refere a situação politica social, tendo a população em alguns momentos como protagonista das ações, movimentos, protestos, com êxito em muitas reivindicações.

Os movimentos internos dos países nem sempre tem uma repercussão para além do seu território, em alguns casos por restrições midiáticas, impostas por seus governantes, em outras situações o país é noticiado pela mídia internacional, com os fatos distorcidos, tendenciosos para beneficiar uma minoria.

A classe politica volta e meia está no holofote, seja por questões que envolvam  os parlamentares, a exemplo dos dois impeachment envolvendo presidentes brasileiros, e em outros episódios, com interferência direta na perda de direitos da população.

Alguns exemplos dos ocorridos nos últimos dias nos países vizinhos ao Brasil.

Recentemente os protestos no Chile mobilizou cerca de 1 milhão de pessoas, que foram as ruas para protestar contra as arbitrariedades do atual governo, desencadeado a partir do aumento da tarifa do metrô. Desde o início das manifestações, no dia 19/10, o confronto com a força policial provocou 20 mortes.

Crédito: Reprodução

A maioria dos Argentinos decidiram colocar novamente no poder Cristina Kircher, após 4 anos, quando perdeu as eleições, Kircher que é senadora, fez aliança com Alberto Fernández, sendo vice na chapa. Governo de centro esquerda assumi o poder.

Os cubanos tiveram a moeda americana circulando outra vez no comércio local, 28/10, depois de mais de uma década de interrupção causada por desavenças politicas.

Depois de ser reeleito para o quarto mandato, Evo Morales, presidente da Bolívia pode sofrer um golpe da oposição, que não aceita o resultado da eleição, considerando como fraude. O clima de tensão e o estado de alerta está instalado no país.

Enquanto países da América Latina se movimentam reivindicando melhorias nos serviços públicos e cumprimento dos direitos civis, protestando contra ações antissociais dos seus governantes, sendo noticiados em diversos meios de comunicação no cenário internacional, o gigante Brasil parece que adormeceu, a passividade de alguns setores diante de casos de desrespeitos constitucionais, inclusive recentes, gera um desconforto e desconfiança na população, principalmente questões que envolve o cumprimento da justiça do país.

Paira um momento de apatia e silêncio no país, gerando uma impressão de estar envolto por uma politica sem horizonte, sufocado por um óleo que está provocando um prejuízo a saúde social, onde a quebra de braço entre o estado, sociedade civil, veículos de comunicação, empresas, tumultua mais do que resolve.

Essa situação da conjuntura na América Latina, com protestos, reivindicações, censura, autoritarismo, atrai os olhares de países que fomentam esses acontecimentos, provocam o caos, discórdia, financiando determinadas ações como estratégia para influenciar a politica interna de outras nacionalidades, principalmente das regiões subdesenvolvidas.

Parece que o Brasil está adormecido ou anestesiado, ou pior em berço esplêndido.

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.