Um ano ANF em Salvador

Colaboradores da ANF- Agência de Notícias das Favelas e convidados fizeram da tarde do último sábado, 14, ser um momento ainda mais especial para a democratização da informação nas favelas, quando se reuniram para comemorar o primeiro ano da sede em Salvador, no Bairro da Paz, reafirmando o compromisso com a comunicação comunitária.

O público que chegava era recepcionado pela equipe e podia transitar pela sede ao som da música ambiente, tocada ao vivo pelo cantor Sidney Cardoso, artista e morador do Bairro da Paz. Além desse acolhimento sonoro, o espaço estava ornamentado com diversos produtos de artesanato produzidos pelas artesãs Agda Cardoso e Susane Silva e da exposição de livros pela equipe do projeto Educar- Espaço de Leitura, Mediação e Formação de Leitor.

Algumas bolsas da ANF também estavam a disposição do público, como uma exposição de alguns livros, exemplares do jornais A Voz da Favela, tudo pensando para criar um clima de aconchego para os convidados.

A abertura da celebração foi feita pela secretaria executiva em Salvador, Rose Vitório, agradecendo a presença dos colaboradores. Em seguida apresentou André Fernandes, fundador e diretor da Agência de Notícias da Favelas, que ressaltou a importância de do momento, mesmo na situação difícil que vive o país se faz necessário o trabalho desenvolvido pela ANF junto a democratização da informação, contribuindo para o fortalecimento das causas sociais nas favelas do Brasil.

As mensagens entusiasmadas e motivadoras foram presentes em todas as manifestações.

O momento ecumênico contou com a participação de Aline Cunha (Agente de Comunicação Comunitária formada pela ANF) representando os evangélicos, Albérico Barbosa (Psicologo e Coordenador do Centro Espirita Caminho da Paz e colaborador da ANF) e Sérgio Carvalho (escritor, produtor, ativista social, colaborador da ANF) representando as Religiões de Matriz Africana.

Ambos trouxeram a relevância do estado laico e o compromisso que cada cidadão precisa ter para contribuir com uma sociedade mais justa e harmoniosa, na manifestação da sua fé, respeitando a individualidade para o bem comum.

Os poetas Valdeck Almeida de Jesus e Valmir Santos trouxeram suas mensagens de reflexão para o público e com poesias criticas contribuíram com a parte cultural do evento, valorizando a favela e seus moradores.

Finalizando a programação, aconteceram devidos agradecimentos e admiração aos colaboradores e parceiros desta missão de mudar o mundo através da comunicação. Aos artistas, ativistas, membros da UAMA- União das Associações de Moradores de Alagoinhas- Ba, representante da Mídia Comunitária de Salvador, comunicadores sociais em geral.

Após a cerimônia, os convidados puderam partilhar de um lanche coletivo, ato que já é habitual em todos os encontros com os colaboradores da ANF, tanto em reuniões de pauta, quanto em momentos de celebrações. Um bolo comemorativo, alguns salgados, muita conversa e trocas de experiências fizeram parte do cardápio.

Viva a comunicação comunitária. Vamos mudar o mundo!

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.