O ano de 2025 começou. Chegamos com sonhos, projetos e expectativas. No entanto, uma pergunta persiste: como estaremos no dia 31 de dezembro deste ano? O futuro traz incertezas, mas uma coisa é clara – alguns problemas insistem em nos acompanhar de um ano para outro, como se tivessem uma mola sob os pés, maiores que qualquer ponte ou montanha. Um desses problemas, tão antigo quanto nossa memória coletiva, são as enchentes.
Desde os primeiros dias do ano, notícias de tragédias vêm dominando os noticiários. Enchentes têm ceifado vidas, destruído lares e devastado famílias. O cenário é desolador. Dados históricos mostram que o número de mortos causados pelas enchentes nas décadas de 70, 80, 90 e nos anos 2000 é alarmante. Em pleno século XXI, essa tragédia segue sem solução, mesmo após tantas promessas de ações concretas por parte dos governantes.
Dados Históricos de Mortalidade por Enchentes:
- Década de 1970: Foram registrados 216 desastres naturais, afetando aproximadamente 43 milhões de pessoas.
- Década de 1990: O número de desastres aumentou para uma média de 300 eventos por ano.
- Década de 2000: Houve um salto para cerca de 450 desastres por ano.
- Década de 2010: O número de desastres continuou a crescer, com 23.238 ocorrências registradas.
Depoimentos de Vítimas das Enchentes:
- Tatiane, moradora do Rio Grande do Sul, relatou: “Agora chego aqui e não sei se tenho mais casa. Eu saí só com a roupa do meu filho.”
- Sobrevivente de São Paulo: “Passei por 20 enchentes, mas essa foi a pior.”
Projetos Futuros para Mitigação de Enchentes:
Para enfrentar o desafio das enchentes, é fundamental investir em projetos de infraestrutura e políticas públicas eficazes. Algumas iniciativas incluem:
- Construção de Reservatórios de Contenção: Reservatórios para armazenar o excesso de água durante períodos de chuvas intensas podem reduzir significativamente o risco de inundações.
- Melhoria dos Sistemas de Drenagem Urbana: Atualizar e expandir a capacidade dos sistemas de drenagem para acomodar volumes maiores de água pluvial.
- Reflorestamento de Áreas Degradadas: A vegetação atua como uma esponja natural, absorvendo o excesso de água e diminuindo o escoamento superficial.
- Educação e Conscientização da População: Programas educativos que informem a população sobre medidas preventivas e ações durante emergências.
- Planos Diretores de Uso do Solo: Regulamentar o uso do solo para evitar construções em áreas de risco e preservar zonas de absorção natural de água.
A implementação dessas medidas requer comprometimento político, investimentos financeiros e a participação ativa da sociedade para construir um futuro mais seguro e resiliente frente às enchentes.
Os depoimentos são comoventes. Uma mãe, que passou meses em seca extrema, rezava pela chuva. Quando ela finalmente chegou, trouxe não a alegria esperada, mas destruição e lágrimas. A chuva, tão sonhada, tornou-se um pesadelo, causado não pela natureza em si, mas pela falta de planejamento e ação de um sistema de governança que falha constantemente em proteger o povo.
Em 2025, começamos o ano inseguros, com medo do que está por vir. O problema não é da chuva, nem da natureza. Ele é humano, resultado de um sistema corrupto e ganancioso que não prioriza o bem-estar de sua população. A cada ano, os olhares de tristeza e desespero se repetem, enquanto famílias inteiras esperam por soluções que parecem nunca chegar.
É hora de cobrarmos mudanças reais. Não podemos mais aceitar que a chuva, um fenômeno natural, continue a ser sinônimo de tragédia por conta da negligência governamental. Chegou o momento de exigir um sistema que proteja e valorize vidas, antes que novas famílias sejam condenadas à dor e ao luto.