Entramos em 2018 ainda com a cabeça em 2017. Depois de vivermos um período de crescimento econômico, social e reconhecimento internacional, o governo ilegítimo que assumiu o controle do país após o impeachment de Dilma Rousseff segue aplicando ao Brasil uma onda de retrocessos em todos os sentidos. As esferas estaduais e municipais não andam diferentes.
2017 foi um ano terrível. O governo atual impõe uma agenda totalmente diferente do projeto da chapa vencedora das eleições de 2014. As mudanças nas leis trabalhistas e na Previdência, a privatização de estatais importantes como a Eletrobras e a Embraer, além do perdão de dívidas trilionárias para latifundiários e bancos, são exemplos de como esse governo atende apenas à classe patronal.
No Estado do Rio Janeiro, a falência decretada em 2016 se arrastou (e se arrasta). Os servidores do Estado viraram o ano com atraso nos pagamentos. Os serviços mais básicos nunca foram tão ruins como na atualidade.
E como esquecer o primeiro ano da gestão Crivella na Cidade Maravilhosa? Cortes nas pastas de Saúde e Educação acarretaram na diminuição de qualidade dos serviços. Nas escolas municipais, até a merenda sofreu corte. O secretário municipal Cid Benjamin, inclusive, sugeriu que fosse diminuída as porções da merenda escolar. A crise na saúde é ainda a pior já vivida no Rio de Janeiro. O Hospital Municipal Souza Aguiar, que é o maior da cidade, está numa carestia nunca vista na sua história. Exames dos mais básicos não estão sendo feitos por causa de aparelhos quebrados.
Sem falar nas declarações desastrosas do prefeito, que acusou uma exposição de arte de ser pedófila, de cortar verbas do evento turístico principal da cidade, que é o carnaval, e de sacramentar o calote contra a classe artística da cidade ao se negar em pagar o Fomento das Artes de 2016.
Dependendo do resultado das eleições para presidente e governador, 2018 ainda pode ser muito pior do que o ano que passou. Fiquemos atentos.