“Antes do Brasil da coroa, já existia o Brasil do cocar”. Ecoando este grito de guerra, indígenas e coletivos da sociedade civil organizada que lutam por direitos Políticos, ancestrais e humanos e movimentos sociais, se concentraram na Praça do Derby e marcharam pela AV.Conde da Boa Vista, chegando na Av. Guararapes, Centro do Recife – PE.
Essas representações estão ligadas a ABONG (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais), e se uniram no último dia 05, para protestar contra a PL 490 e Marco Temporal, que limita os direitos de demarcação dos povos indígenas, as áreas demarcadas na constituição de 1988.
O Marco Temporal ou PL 490 como é conhecida, trata-se de uma política que tem como propósito o extermínio dos povos originários, uma ameaça concreta a vida das diversas etnias indígenas.
Além de significar a destruição dos ecossistemas, uma força contrária a luta por Justiça Climática, orquestrada pelas forças perversas e conservadoras ligadas às oligarquias das famílias escravistas e diretamente ao donos dos agronegócios, grileiros, exploradores, que politicamente são correligionários das bancadas da bala, da bíblia e do boi.
Uma manobra para efetivação da manutenção, por via legal, das ameaças, atentados e crimes de toda natureza contra as vidas dos povos indígenas.
Representações dos povos originários Xukuru, Karaxuwanassu, Pankararu e Fulniô, além de outras etnias estiveram presentes no protesto.
Também participaram da caminhada outros grupos como: OAB, Cendhec, Centro das Mulheres do Cabo de Santo Agostinho, Teamu e Companhia, Movimento Negro Unificado, Caranguejo uçá, Pescadoras e Pescadores, FASE, S.O.S Corpo, Articulação Recife de Luta, ativistas independentes, partidos políticos de esquerda e parlamentares que lutam por justica ambiental e direitos humanos.
O ato foi promovido pela ABONG e Articulação Indígena de Mulheres em Contexto Urbano de Pernambuco (Aimcupe).