A notícia de duas perdas na área das artes fez a Paraíba amanhecer mais triste e mais pobre nesta terça-feira, 11 de fevereiro. Nas artes visuais, o grande Nandy (Unhjandeijara Lisboa), nos deixa com uma saudade imensa de suas gravuras, e na música a notícia foi a morte de Babi Paiva, grande artista do bairro da Torre, que também deixa em silêncio sua guitarra.
Unhandeijara Lisboa foi escultor, xilogravador e fotógrafo, amante das artes em todos os sentidos. Criador do Clube da Gravura ao lado de outros artistas como Martinho Campos, José Altino, Diógenes Chaves e tantos outros que se dedicam à Xilogravura na Paraíba.
Abelardo Cavalcanti de Paiva (Babi Paiva) foi o homenageado do “Cantatorre”, evento realizado em 2018 no bairro da Torre, em João Pessoa. Era músico instrumentista desde 1971. Como o irmão Paulo Paiva (in memorian), participou de vários conjuntos de baile e shows em João Pessoa.
Como autor, fez Entre canções como ‘Por isso te chamo mel’, ‘Morena’, ‘Ponha a sua consciência em dia’, ‘Água de coco’, ‘Tô começando a gostar de você’ e ‘Enredo do que será’.
Ao longo da carreira, Babi participou da gravação do LP ‘Estilhaços’, de Cátia de França, e também fez parte, como baixista, do álbum de Livardo Alves e Cachimbinho. Desenvolveu ainda trabalhos com Zé Ramalho.
Deixa um grande vazio na música paraibana, sobretudo na torrelândia, em referência ao tradicional bairro da Torre, em João Pessoa.