A artesã Angélica Bueno, 62 anos, de Nova Iguaçu, começou a fazer máscaras para doação em março, quando a pandemia do novo coronavírus começou a se expandir: “Eu tive que aprender e fui para a internet. Comecei a fazer mais ou menos uns modelos e com as doações comecei a receber encomendas.
Com a experiência adquirida e o auxílio da vizinha do prédio aonde mora, Angelica Bueno recebeu tecidos e posteriormente doou máscaras para grupos da Baixada Fluminense, como Fórum Grita Baixada, M.A.L.O.C.A, Moradores do Morro do Sossego em Duque de Caxias, APAC – ASTA, Jô Doações e Moradores do KM 32 em Nova Iguaçu:
“Eu sempre coloco duas máscaras nas embalagens para doações que já vão higienizadas e tudo bem arrumadinho para que as pessoas não fiquem com medo de utilizá-las”, diz a artesã, que ficou meses parada: “Agora vou retornar às vendas porque consertei a máquina de costura”, lembra.
Em outra parte da Baixada Fluminense, a artesã Ana Claudia Neves, 44 anos, moradora de Duque de Caxias, enfrentou uma grave doença no pulmão e interrompeu as vendas para se tratar. Com ajuda de uma amiga, ela comprou elásticos e passou a fazer máscaras para complementar a renda familiar: “Prontamente, comecei a pesquisar na internet e vi que tinha tecidos para fazer. No início foi um estouro, todo mundo queria, nunca vendi tanto quanto na pandemia”.
“Faço máscaras com tema de super-heróis para crianças autistas e crianças que se recusavam a usar. Quando a criançada vê acha uma obra de arte e usa na hora. Isso abriu meu olhar para fazer novos produtos”, completa a artesã caxiense. Embora as máscaras já não sejam amplamente usadas pelos moradores atualmente, o uso continua indispensável para a saúde e no combate a Covid-19.