Projeto piloto do assentamento 1º de Maio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, na cidade catarinense de Curitibanos, desde a terça-feira, 24, a rede pública de saúde de álcool 70 para higienização de suas unidades.
A intenção dos produtores é seguir a produção na destilaria até então usada para a cachaça vendida no mercado. Eles são orientados pelo químico professor da Universidade Federal de Santa Catarina Cristian Soldi, autor da ideia. Na primeira leva, em uma hora de 76 litros de álcool 46% foram obtidos 30 de álcool 70%, distribuídos às unidades públicas de saúde, suprindo a necessidade anunciada pela prefeitura.
A proposta dos sem terra é continuar a doação do álcool enquanto for necessário. O assentamento 1º de Maio tem 30 unidades de produção auxiliadas por técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) para a produção da cachaça artesanal e, agora, para as adaptações que forem necessárias à produção do álcool 70%.
“Se tivéssemos um governo preocupado com esse problema, fazia uma solicitação e a indústria, produzindo álcool durante meio dia, atendia o Brasil. Nós, com um mini destilador, conseguimos solucionar o problema por alguns dias para postos de saúde de um município com mais de 50 mil habitantes”, disse o assentado Lulis Girotto, ouvido pelo jornal BrasildeFato, que divulgou a iniciativa catarinense.