Imagine o leitor o enorme susto da equipe de transição da presidência da república ao chegar na manhã da segunda-feira 7 de novembro à sede do CCBB em Brasília para o dia inaugural do seu trabalho, que se estenderá até o dia 10 de janeiro. O espaço estava uma bagunça, entulho por todo canto, papéis velhos empilhados pelo chão?
Nada disto, muito pelo contrário, grupo de 50 membros da equipe pelo lado Lula encontrou computadores, telefones, wireless, até senhas adrede preparadas. De cara, uma pulga graúda se instalou atrás de cada orelha, com justa razão. Teria sidio o pessoal do BB, solicito e atencioso, quem tomou iniciativa de preparar todas as salas do escritório? Não foi; então o jeito foi perguntar diretamente aos 40 funcionários que não se sabia de onde vinham de onde vinham e a mando de quem.
Surpresa! Eram ao todo, 40 técnicos do Gabinete de Segurança Institucional do general de bravata Augusto Heleno de Notre Dame, garboso de sua rara inteligência, mais uma vez. Afinal, quem desconfiaria que o GSI havia montado toda a comunicação interna e externa da transição, ouvindo e gravando todos os conchavos, as conversas, as discussões ásperas, os pedidos de pizza no fim da noite. Em primeira mão seu gabinete saberia o que a equipe de Lula pretende destruir o país, como isto se dará, em quanto tempo e mais: quando Lula ficaria doente de fato, evitando que ele divulgue fake news à toa, mais: quantos comunistas seriam arregimentados como falsos médicos e outros vermelhos.
Santa ingenuidade, Batman! Com todos os Arapongas! Quem haveria de acreditar na generosidade do GSI? Pois se o próprio presidente já disse que seu serviço de informações não informa nada!