Ativista LGBT preso na Bahia pode ter sido vítima de ação homofóbica

Ivan Santana Cunha, Ativista LGBT preso na Bahia. Crédito: Arquivo Pessoal

Ivan Santana Cunha, maquiador e fundador da associação LGBT Cores de Salinas, em Salinas da Margarida, Bahia, foi preso no mês passado, após uma denúncia de exploração sexual de uma adolescente de 14 anos, a denúncia foi feita pela mãe da suposta vítima no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o Conselho Tutelar, de acordo com a Polícia Civil, as informações apontavam para uma exploração através da prostituição. Ivan está detido no Presídio de Valença, na região do Baixo Sul do estado.

Dias depois da prisão de Ivan, rumores de que a denúncia tivesse sido forjada começou a circular pela cidade, e também em conversas por aplicativos de mensagem, em uma das conversas uma mulher que parece ser a mãe da adolescente diz que foi forçada a fazer a denúncia contra o ativista.

Os advogados de Ivan recorreram de todas as maneiras solicitando a soltura do seu cliente e todas as tentativas até o momento não tiveram êxito. Atualmente dois habeas corpus, estão protocolados com objetivo de proteger o direito de liberdade de locomoção lesado por ato abusivo de autoridade. Na segunda-feira, 3, os advogados descobriram que foi oferecida uma denúncia, peça inicial da ação penal que é apresentada pelo Ministério Público, para eles defenderem. Reforçando o pedido de soltura os advogados argumentam que a prisão passou a ser manifestamente ilegal por excesso de prazo para oferecimento da denúncia.

Diante das novas informações, familiares, amigos e representantes de movimentos sociais e da comunidade LGBT, da cidade e de outros municípios que já suspeitavam que a prisão de Ivan teria alguma motivação pessoal ou atitude homofóbica, lançaram uma campanha nas redes sociais, “Ivan Livre”, pedindo apoio da população, vários ativistas estão se manisfestando em favor de Ivan Santana.