Integrantes do Movimento de Liberação de Nakba (MLN), se reuniram em frente à sede do COI (Comitê Olímpico Internacional), localizada em Lausanne, na Suíça, pedindo para que Israel seja banido dos Jogos Olímpicos de Paris deste ano por conta violência persistente que ocorre em Gaza, na Palestina. Os ativistas pró-palestina continuam exigindo que o comitê internacional olímpico não autorize a participação de atletas israelenses
O Movimento possuí membros de vários países e tem objetivo de espalhar informações sobre a Palestina e a ocupação israelense. Uma das maneiras de conscientização é o boicote a esportes e as olimpíadas especificamente, que soltou uma nota dizendo que Israel não será banido nem proibido de participar do evento.
Segundo a carta enviada ao COI pelo movimento: “O indiscriminado massacre que ocorre em Gaza, descrito por muitos como o primeiro genocídio transmitido ao vivo, é apenas o exemplo mais recente do massacre de palestinos em escala industrial pelos líderes de Israel”. Entre os mortos, está o treinador de futebol olímpico palestino, Hani AI Masdar. O Comitê Olímpico Palestino teve seu escritório destruído em janeiro deste ano.
As políticas globais do comitê internacional são questionadas, pois a Rússia e a Bielorrússia foram proibidas de participar da cerimônia de abertura, medida aprovada devido à guerra na Ucrânia. Apenas algumas modalidades terão atletas, dos quais irão competir sob bandeira e hino neutros e pelo AIN (Atletas Neutros Individuais).
“Estamos pedindo ao conselho que responsabilize Israel usando as mesmas medidas que tomou no caso da Rússia e Bielorrússia. É inconcebível para Israel participar dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, dado o que a humanidade testemunhou nos últimos oito meses. Acreditamos que Israel deve ser suspenso das organizações esportivas internacionais e dos eventos esportivos internacionais até que termine suas graves violações do direito internacional, particularmente seu regime de apartheid e as políticas/ações genocidas que está perpetrando em Gaza”.
Trecho da carta do Movimento de Libertação de Nakba (MLN)
O presidente francês Emmanuel Macron concorda com a postura do COI, permitindo a participação de Israel e alertou os atletas contra a intolerância. Macron diz que Israel é “vítima de um ataque terrorista ao qual agora responde em Gaza”.
Apesar de protestos também online contra a decisão, o comitê se comprometeu a manter Israel nas Olimpíadas. Thomas Bach, presidente do COI, disse em comunicado que “Israel não enfrenta nenhuma ameaça a sua situação olímpica no momento”.
Seis atletas palestinos, incluindo uma mulher, irão representar o país nas Olimpíadas de Paris. Os esportes serão boxe, judô, natação, tiro esportivo e taekwondo.