Nesta quarta-feira (30), a Anistia Internacional realizou um ato pacífico e simbólico com o objetivo de pressionar o Ministério Público do Rio de Janeiro para que o caso do assassinato do menino Eduardo de Jesus seja levado à justiça e que os policiais envolvidos sejam responsabilizados. Uma audiência realizada no último dia 29 pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro resultou no arquivamento do caso do assassinato da criança, assassinada por policiais militares no Complexo no Alemão em abril de 2015. Ainda cabe recurso do Ministério Público.
“Vou continuar lutando até o fim da minha vida”, afirma Dona Terezinha de Jesus, mãe do menino Eduardo. Ela afirma que não havia troca de tiros na localidade quando a criança foi morta. “Isso foi muito injusto com meu filho. Só peço que seja feita justiça. Se o policial apertou o gatilho, ele tem que pagar por isso”.
Eduardo tinha 10 anos quando foi morto por policiais no dia 02 de abril de 2015. Ele brincava na porta de casa quando foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça. Moradores acusam os policiais acusados de tentar remover o corpo do local, na tentativa de desfazer a cena do crime, e ainda de tentar plantar uma arma no local para criminalizar a vítima. Apesar de não existir registro de tiroteio no momento em que Eduardo foi morto, os policiais alegaram ter agido em legítima defesa.