Ato contra o genocídio do povo negro na Bahia

Aconteceu nesta quarta-feira (27), um ato contra o Genocídio na Bahia. Os representantes de vários movimentos sociais se concentraram na Avenida Paralela e seguiram para a Assembleia Legislativa no CAB e a governadoria, onde entregueram um documento conjunto.

O ato foi uma iniciativa de diversos segmentos do movimento negro, social e cultural da Bahia, unidos na luta por igualdade racial e respeito pela vida do povo negro @unegrobahia

A organização reforça que o ato de cobrança para medidas efetivas e urgentes contra a postura da PM da Bahia e contra a violência territorial.

A política de execução sumária institucionalizada na Bahia segue, visivelmente, criminalizando as juventudes e o povo negro do Estado. Reafirmando seu conteúdo racista, envolto na insegurança política motivada, principalmente, pela aporofobia (ódio aos pobres) e pela suposta guerra às drogas.

O método consolidado pelo Governo Estadual e sua Secretaria de Segurança Pública tem sido a política de morte. Isso foi estampado na nota desastrosa que, na tentativa de se “contrapor aos dados” do Fórum Brasileiro de Segurança Pública – que divulga que a Bahia é o estado com maiores números de mortes por policiais do Brasil – expressou toda sua brutalidade, numa lógica de execução autorizada pelo Estado contra corpos
negros.

O Ato é uma iniciativa conjunta de diversos segmentos do Movimento Negro, Social,
Sindical e Cultural da Bahia, unidos na luta por igualdade racial e respeito pela vida do povo negro em pleno exercício dos direitos sociais previstos na Constituição de 1988.

Em resumo, os movimentos sociais exigem do Governo do Estado respostas efetivas e mudanças necessárias de extrema urgência nas bases e diretrizes que norteiam o fazer e agir da Segurança
Pública, de proteção dos povos deste Estado quanto as ações catastróficas e as políticas de morte impostas à população baiana:
– Contra a violência policial e racial;
– Instalação urgente das câmeras nos fardamentos dos policiais;
– Celeridade nas investigações dos casos de assassinato e violência policial;
– Criação da Ouvidoria Externa das Polícias Militar e Civil da Bahia não vinculada às
polícias estaduais, para receber denúncias e ser um elo com a sociedade civil;
– Justiça por Mãe Bernadete Pacífico e Binho do Quilombo;
– CPI do Genocídio da população negra;
– Justiça por todas as vítimas da violência do Estado;
– Em defesa das comunidades tradicionais e áreas de proteção ambiental;
– Contra a especulação imobiliária e grilagem no campo e nas cidades.

Contatos:
Marina Duarte (UNEGRO) – (71) 98628-7493
Samira Soares (MNU Bahia) – (71) 99156‑6145
Antônio Ramon (CEN) – (71) 98765-6677
Jade Andrade (MNU Bahia) – (71) 98125-2960