Diversidade racial
Crédito: Divulgação

Na próxima quarta-feira, 20 de outubro, às 20h, a professora de Responsabilidade Social e Diversidade, Juliana Kaiser, especialista em ESG, dá uma aula gratuita sobre Diversidade racial.

Flyer aula gratuita – Crédito: Divulgação

O objetivo desse evento é apresentar o curso “Diversidade Racial – antirracismo para além das hastags” que vai acontecer nos dias 27/10, 03/11, 10/11 e 17/11. As aulas do curso serão na parte da noite, das 19h30min às 21h30min.

Para se inscrever na aula gratuita, basta clicar aqui e reservar a sua vaga.

O curso é uma ótima possibilidade para profissionais de RH que precisam conhecer mais sobre processos seletivos, e reconhecimento de talentos negros. Também é importante para pessoas negras que buscam uma colocação melhor, ou uma recolocação.

Sobre o curso de Diversidade Racial

Juliana Kaiser pretende abordar nesse curso as questões socioeconômicas diretamente ligadas às pessoas negras no Brasil.

A professora também pretende chamar atenção para a composição étnico-racial dos colaboradores de uma empresa. Um exemplo é quando a empresa envia um formulário pedindo que a pessoa se autodeclare negra, sem antes fazer uma sensibilidade sobre o tema.

“A estratégia de diversidade racial começa com o primeiro passo. Sensibilizar a alta liderança é o início de uma longa jornada que precisa ser desenvolvida dentro de uma estratégia de negócio”, afirma Juliana.

Bate-bola com Juliana Kaiser

Nice: Investidores querem pessoas pretas, empresas precisam contratar pessoas pretas, as pessoas pretas precisam de oportunidades. Por que o match não acontece?

Juliana: Esse match não acontece por diversas razões. Uma das razões é que as empresas não têm no RH, em geral, pessoas pretas. As pessoas que estão nessa posição de liderança, geralmente vieram de uma situação socioeconômica mais favorecida. Não conhecem a periferia, não conhecem os recortes da pobreza no Brasil e não fazem ideia de onde localizar pessoas negras.

Um outro aspecto é que normalmente os processos seletivos, aqui no Brasil, quando não tem um programa de diversidade instaurado na empresa, eles são carregados de vieses. Por exemplo, quando a empresa contrata outra empresa para fazer a busca de candidatos, quando pede endereços nobres, quando pede inglês fluente, ou universidade de ponta, a própria empresa, mesmo com muita vontade de contratar, não localiza candidatos.

Nice: O que ambos precisam fazer para a diversidade racial realmente acontecer no ambiente corporativo?

Juliana: O primeiro passo para que a diversidade racial aconteça nos ambientes corporativos no Brasil é que os conselhos de administração sejam firmes e que já promovam diversidade dentro deles. Então, é fundamental que nos conselhos de administração das empresas brasileiras tenham pessoas negras. A partir disso, a gente consegue vontade política, que aí tem a ver com recurso financeiro para implementar fortes programas de diversidade racial. Esses programas precisam incluir profissionais de RH que sejam negros. Não há uma outra possibilidade para que isso aconteça. Pois, são os profissionais de RH que apoiam esses novos profissionais negros, para que eles não saiam da empresa em menos de seis meses.

Ações realizadas

Além do curso que acontecerá no final de outubro, Juliana também ajuda pelo LinkedIn quem a procura para tratar sobre diversidade racial.

Depois de receber muitos pedidos de profissionais negros pedindo dicas e vagas, e de empresas pedindo ajuda para localizar talentos negros, a professora criou no LinkedIn o movimento “Quilombo”.

A partir desse movimento, a Juliana, professora de Responsabilidade Social faz a sua parte. De forma voluntária, ela acaba ajudando as empresas para que elas formatem as vagas da forma certa, tornando-as possíveis para candidatos negros no Brasil.

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