Os policiais que são capazes de matar e plantar uma arma ou um outro flagrante nas mãos de inocentes, não deveriam estar na corporação da Polícia Militar, porém muitos desses bandidos ainda circulam livremente. Não é de agora que os autos de resistência são utilizados para encobrir assassinatos. Lembro bem do caso de Wagner Marcos, jovem, surfista, baleado no Santa Marta por policiais do 2° BPM em uma operação. Moradores que conheciam Wagner e moravam próximo do local que fora baleado, testemunharam em seu favor, no caso que teve como advogado o Dr. Nilo Batista. Wagner ficou anos preso, até provar sua inocência e até hoje sofre com sequelas irreparáveis, sem que o estado o indenizasse por tal infortúnio. Por isso, resolvi escrever esse pequeno texto, para relatar minha alegria, ao mesmo tempo que questionar, porque não foi tomada antes a decisão de que os autos de resistência, devem ser periciados e que o local deve ser preservado. Acertada, mesmo que tardia, a decisão da Chefe de Polícia Civil Martha Rocha. Em qualquer lugar do mundo onde ocorre uma morte, derivada de uma troca de tiros, é assim! Fica agora uma dúvida: quantas pessoas não foram assassinadas por conta desses autos?