Pesquisas recentes revelam que, “tomar medicação sem indicação médica pode matar cerca de 10 milhões de pessoas até 2050, em todo mundo, caso nada seja feito para mudar o cenário atual.
Infecções como pneumonia, tuberculose, e gonorreia, estão cada vez mais difíceis de tratar. No Brasil, estima-se que pelo menos 700 mil indivíduos morrem por ano em consequência de doenças resistentes a medicamentos antimicrobianos”, alerta a Organização Mundial de Saúde.
Com a pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), o medo, angústia e desespero em virtude da questão social da fome e pobreza, restrição no acesso aos serviços de saúde da população por priorizar o atendimento a indivíduos suspeitos de coronavírus, o não cumprimento de normas sanitárias de venda de medicamentos em estabelecimentos de saúde são alguns dos fatores que potencializam a automedicação.
Nesse aspecto, urge a necessidade de ampliar políticas públicas de saúde direcionadas para o acesso da população a assistência integral. Atitude como essa pode reduzir a automedicação pelos indivíduos. Contudo, a sociedade também deve se conscientizar sobre os riscos de ingerir remédios sem indicação do profissional de saúde.
Em outra pesquisa, a automedicação “é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e um quarto (25%) o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana”.
Por regiões a pesquisa ainda revelou que a prática da automedicação no “Norte e Centro-Oeste, o índice é de 80%, enquanto no Nordeste, de 79%. Já no Sudeste e Sul do país, os índices são de 77% e 71% respectivamente. Analgésicos e antitérmicos (50%), antibióticos (42%) e relaxante muscular (24%) estão entre os medicamentos mais utilizados pelos brasileiros sem indicação de um profissional de saúde”, pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia através do Instituto Datafolha em 2019.
Tomar remédio sem indicação do médico ou farmacêutico pode causar danos irreversíveis a saúde, também não se deve aumentar nem diminuir a dosagem da medicação por conta própria com objetivo de aliviar a dor.
O uso de remédios de forma incorreta pode trazer, ainda, consequências para o indivíduo como intoxicação, dependência química, resistência ao microrganismo e morte.
Verificar a data de fabricação e vencimento, assim como ler a bula dos medicamentos são ações de segurança do usuário, em caso de medicamentos vencidos deve ser separado do lixo comum e descartado em local adequado.
A mistura de medicamentos por decisão própria só faz agravar o problema de saúde, portanto, procure orientação do profissional.