A rápida expansão das suspeitas de infecção por coronavírus leva o Ministério da Saúde a rever a orientação contrária a quarentena da alunos da rede escolar, conforme indica o planejamento em estudo com os governos estaduais.
Não só a interrupção do ano letivo poderá ser determinada, como também poderão acontecer restrições de outras atividades. As medidas serão determinadas apenas quando houver risco real à saúde das crianças e adolescentes. Até agora, o Ministério da Saúde se opunha a tomar estas providências, mas o cenário se agrava a cada dia, com mais casos detectados em vários pontos do país.
No começo do mês, a escola Pueri Domus, de são Paulo, decretou quarentena a alunos que nas férias estiveram em um dos 16 países onde o coronavírus foi detectado até agora. A medida foi classificada de lamentável pelo Secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira: “Parece que voltamos à Idade Média”, disse. O coordenador do Centro de Gestão do Coronavírus do Estado de São Paulo, David Uip, foi taxativo: “Além de não ser efetivo, não é pertinente, nem conveniente, nem ajuda”.
Apesar destas opiniões, outras escolas privadas também tomam as precauções que agora o Ministério da Saúde começa a discutir com os governos estaduais para possível adoção na rede pública oficial de ensino.