A manhã dessa terça-feira (02) foi marcada por gritos de “Bolsonaro traidor”, por parte da bancada do PSL – Partido Social Liberal, partido político do Presidente Jair Bolsonaro. Caso as ameaças forem cumpridas o governo pode perder até 22 votos na votação para a reforma da Previdência, proposta por Paulo Guedes e Bolsonaro. Para tal, é preciso que o Presidente do PSL, Luciano Bivar, decida por liberar a bancada na votação.
Os protestos resultaram da recusa do Ministro Paulo Guedes em atender a diversas demandas que favoreceriam a classe policial. Os pedidos giravam em torno de regras mais brandas, se comparadas a outras classes de trabalhadores, para a polícia civil e federal. Caso a bancada seja liberada, os votos, a favor ou contra, podem ser feitos de forma individualizada pelos parlamentares, sem a necessidade de fechamento com o Partido.
Ainda nesta terça (02), o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, recebeu em sua casa diversos deputados, governadores e líderes de partidos. O encontro ocorreu com o intuito de se discutir os últimos ajustes a serem feitos no texto da reforma da Previdência. Apesar da reunião, os estados e municípios do Brasil continuam sem acordo para serem incluídos na nova reforma, algo que a invalidaria em tais territórios.
A reforma da Previdência busca reformular as regras para aposentadoria de diversas classes trabalhadoras. Entre elas, o INSS, aposentadoria por invalidez, pensão por morte de aposentado e ativo, entre outras. A principal mudança se daria no âmbito da aposentadoria geral, o INSS, que passaria de 15 anos para 20 anos mínimos de contribuição, para homens. Para as mulheres, o tempo de contribuição continua em 15 anos, porém a idade mínima sobe de 60 anos para 62 anos. Para se ter direito a 100% do valor do salário, a idade sobe de 35 anos para 40 anos.