Foto: Fernanda Maia

Entre os dias 05 e 08 de setembro, acontece a 12ª edição do Festival de Arte Negra – A Cena Tá Preta, um evento que vai além de espetáculos teatrais, dança e música. A programação será inteiramente gratuita e as oficinas contarão com a presença do ator e diretor Lázaro Ramos, ministrando aulas de  interpretação. O evento acontece no Quarteirão das Artes, localizado na Praça Castro Alves, Centro de Salvador, e que é formado pelo Espaço Cultural da Barroquinha, o Pátio Iyá Nassô, o Teatro Gregório de Mattos, o Espaço Boca de Brasa Centro e o Café-Teatro Nilda Spencer.

Conhecido pelo compromisso com as lutas das comunidades negras, a companhia teatral  Bando de Teatro Olodum, tem sido uma fábrica de artistas ao longo dos seus 30 anos de existência, e tem lançado diversos nomes na dramaturgia brasileira.

No festival, além das oficinas gratuitas, haverá exibição de filmes, bate papos e leitura dramática, com talentos negros consagrados no cenário nacional, nomes como do ator Lucas Leto, da telenovela Pantanal, da roteirista da Rede Globo Dione Carlos, e do dançarino Bruno Duarte; que atuou como assistente de coreografia na série “Cine Holliúdy” também da Rede Globo, estarão na grade de programação.

“O Festival, em doze edições, tem cumprindo uma função importante de reunir os artistas da performance negra da Bahia e do Brasil, para apresentação das suas produções e também fortalecimento desta cena preta que o Bando vem defendendo há 34 anos, com resistência e muita dedicação à arte”, destaca Cássia Valle, escritora, atriz, diretora e integrante do Bando de Teatro Olodum. 

Entre as produções nacionais, o elogiado monólogo Em Busca de Judith, que recebeu duas indicações ao 34º Prêmio Shell: Melhor Atriz, para Jéssica Barbosa e Melhor Direção Musical e Composições Originais, para Pedro Sá Moraes, estará disponível para o público do evento. 

A abertura do Festival de Arte Negra – A Cena Tá Preta, será no dia 05 de setembro, com a revista musical Cabaré da Rrrrraça, um dos maiores sucessos do Bando de Teatro Olodum nesses 34 anos de trajetória da companhia. O espetáculo, criado em 1997 pelo Bando e pelo diretor Márcio Meirelles, antecipou os debates sobre a questão racial no Brasil, com humor, música e uma linguagem cênica própria do Bando. A montagem atual conta com direção de Cássia Valle, Valdinéia Soriano e Leno Sacramento, trio vencedor do Prêmio Braskem de Direção 2023, pelo espetáculo Resistência Cabocla. 

Foto: Fernanda Maia
Foto: Fernanda Maia

Os artistas do Bando também integram o Festival com suas produções como a atriz, diretora e escritora Cássia Valle que trará o infantil Casa Encantada; o ator e diretor Leno Sacramento que apresentará o monólogo Escarro Início; e o ator e afrochef Jorge Washington, que realizará uma edição especial do Culinária Musical dentro do Festival, com os cantores Dão Black e Riane Mascarenhas, do Recôncavo da Bahia. 

Corpo em Movimento – A linguagem da dança estará presente no Festival com a apresentação do Balé Folclórico da Bahia, uma das mais prestigiadas companhias de dança do mundo, e com a performance Corpo em Movimento, com coreografia inédita da Companhia Jorge Silva e o solo Formigueiro, do dançarino Bruno Duarte. As apresentações de dança do Festival estão sob a batuta do jurado da Dança dos Famosos (Domingão do Huck / Rede Globo), o professor de dança e coreógrafo José Carlos Arandiba – Zebrinha, um dos diretores artísticos do Bando de Teatro Olodum e também do Balé Folclórico da Bahia.  

A programação é gratuita, com exceção dos espetáculos que terão preços populares. Os ingressos serão disponibilizados por meio da plataforma Sympla.