Na primeira noite da terceira fase da flexibilização social no Rio de Janeiro, bares do Leblon, zona sul da cidade ficaram lotados, com muitas pessoas sem máscara e não respeitando o limite de distância de dois metros. A guarda municipal foi acionada e fechou bares para que as cerca de 300 pessoas que não estavam respeitando as regras, fossem dispersadas. A fase em questão permite a reabertura de bares e restaurantes, além da autorização de atividades individuais na areia da praia e nas academias.
A aglomeração, em um dos bairros que tem o metro quadrado mais caro do país, causou revolta nas redes. A jornalista e mestranda em Políticas Públicas em Direitos Humanos pela UFRJ, Juliana Gonçalves, relembrou em seu perfil no Twitter quem é o principal atingido por essas aglomerações em bairros nobres: “A primeira morte registrada por coronavírus no Rio, em 19 de março, foi de uma doméstica em Miguel Pereira. Ela teve contato com a patroa que havia voltado da Itália e não a avisou dos riscos de contaminação. Ela trabalhava no Leblon que hoje comemora a reabertura dos bares”, disse.
Segundo os dados do painel da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, a capital é a que possui o maior número de casos confirmados (58.615) e de mortos (6.689), do estado.
