O presidente Jair Bolsonaro fez sua participação, em vídeo, nesta terça-feira, 22, na sessão de debates da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que neste ano acontece na sede organização, em Nova York, por causa da pandemia do coronavírus.
Bolsonaro falou que o Brasil é “vítima” de uma campanha “brutal” de desinformação sobre o meio ambiente, em especial a situação da Amazônia e o Pantanal. No que se refere às leis de proteção ambiental, o presidente disse que o país respeita as regras de preservação e que tem a melhor legislação.
Segundo o presidente, todas manifestações contrárias às politicas ambientais do seu governo são orquestradas por interesses de pessoas e entidades que querem explorar os recursos naturais da Amazônia, se alinhando a instituições internacionais que podem prejudicar o Brasil. Nas palavras de Bolsonaro, essas entidades são “impatrióticas”.
Declarações controversas de Bolsonaro na ONU
“A floresta amazônica é úmida e só pega fogo nas bordas.”
“Os responsáveis pelas queimadas são ‘índios’ e ‘caboclos’.”
“O óleo derramado no litoral brasileiro em 2019 é venezuelano, foi vendido sem controle e chegou à costa após derramamento ‘criminoso’.”
“Orientações para as pessoas ficarem em casa na pandemia ‘quase’ levaram o país ao ‘caos social’.”
“O Brasil é um país cristão e conservador e a ‘cristofobia’ deve ser combatida.”
A pandemia da Covid-19
Segundo a universidade norte-americana Johns Hopkins, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo com o número de mortes pelo coronavírus, e o terceiro com maior número de infectados.
Mesmo diante desse cenário, o presidente em seu discurso disse que “lamenta cada morte por Covid-19 e que sempre defendeu ações para combater o vírus e os efeitos econômicos da pandemia”. Bolsonaro disse também que a pandemia foi politizada no Brasil e que as orientações e regras de distanciamento social quase levaram o país ao caos social.
Bolsonaro mencionou sobre a liberdade religiosa no país, apelando para que as entidades internacionais estejam atentas sobre a prática de “cristofobia”. O presidente comentou que “o Brasil é um país conservador, cristão, e que tem a família como base”.
O discurso do presidente também foi direcionado em apoio à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), para criar regras adaptadas às novas realidades para fortalecer o sistema multilateral de comércio e diminuir as barreiras entre os países.