Em uma escola aqui da Zona Norte de Belo Horizonte, vi ser exibido o filme Brooklin. O último dia do lançamento que aconteceu em quatro lugares diferentes.
Assisti o Brooklin estando no Brooklin; no lugar de filmagem, com os atores e produtores do filme. É bonito ver favelados na tela do cinema, pessoas que fazem corres próximos aos nossos, pessoas que andam com a gente no recreio.
O filme é visto pelo olhar de um gato, que é o narrador de uma história de repressão às favelas.
Mas calma! Não sei se contar é uma boa forma de chamar para assistir o filme, ou de incentivar que convidem o Coletivo CineLeblon para rodar o filme em outras quebradas. Mas é necessário, pois o silêncio sobre essa produção é negar o grito favelado, a força que se tem quando atuamos em conjunto nas comunidades.
Em resumo rápido, diria que: Em um tempo de repressão, três moradores do Brooklin se juntam e fazem um programa de rádio que é transmitido dentro da favela após o toque de recolher imposto pela Guarda do Estado Verdadeiro.
O conteúdo do programa da rádio pirata, já podem imaginar, é contra essa condição imposta, contra o silêncio que foi erguido pelo sistema através do medo e, também, sobre a não aceitação disso.
O filme Brooklin é uma forma de olhar para a quebrada e entender a necessidade de seguir lutando, de saber o que se é no mundo e como o Estado trata a favela.
Podemos perder, mas a perda significará uma luta ainda maior. Se um cair outros irão se levantar? Eu vou, já estou de pé.
O Coletivo CineLeblon recebeu o Prêmio Funarte Periferias e Interiores (2018), com esse incentivo passou a produzir o filme Brooklin.
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