Segundo a jornalista maranhense Inara Rodrigues, escritora do livro “Vem cá curiar o cacuriá!”, a dança foi criada em 1973, na capital, por Alauriano Campos de Almeida, folclorista conhecido como “Seu Lauro”.
Cacuriá é uma dança que já se enraizou na cultura popular do Maranhão, é inspirada no Carimbó das Caixeiras, tradição realizada ao final da festa do Divino Espírito Santo.
Também conhecida pela coreografia sensual e músicas de duplo sentido e o bambaê de caixa, a dança das caixeiras é realizada após a derrubada do mastro, que é uma espécie de vara enfeitada que ostenta a bandeira do Divino Espírito Santo.
Após a derrubada do mastro, as caixeiras e os festeiros aproveitam para se divertir tocando o carimbó de caixas, ou ainda o baile de caixas, de maneira sensual.
Os integrantes do Cacuriá dançam em duplas, com movimentos cheios de sensualidade coreografados em uma roda, o cordão. Os pares dançam com passos marcados, muito rebolado do quadril, improviso e interação com o público.
Cada passo da dupla transmite a manifestação da cultura, crenças e costumes do povo, por meio do requebrado do corpo, bem como o contato corporal com o parceiro da dança, o riso e o olhar entre os dançantes e espectadores, o que torna essa dança provocante e excitante.
O Cacuriá é considerado uma mistura de marcha, valsa e samba. O ritmo da dança fica a cargo das caixeiras, que cantam toadas que falam sobre a natureza, crenças, brincadeiras antigas e, também, anseios da população.
Há uma pessoa que introduz as ladainhas, que depois são seguidas pelos demais participantes que dançam e respondem o coro no compasso. A parte vocal é composta por versos improvisados respondidos por um coro de brincantes.
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