No último mês de dezembro, o então vice-prefeito da cidade, Vidigal Cafezeiro (Republicanos), foi preso pela Polícia Federal suspeito de desviar R$1,4 bilhões de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Na manhã desta quarta-feira (08), trabalhadores da educação concentraram-se em frente à sede do município para cobrar o pagamento dos salários do mês de dezembro.
A Prefeita Débora Regis (União Brasil), desde que tomou posse, vem utilizando as redes sociais para denunciar os rombos causados pela gestão anterior, detalhando débitos de energia que somam mais de 2 milhões de reais junto a companhia de energia da Bahia, além de desvios dos recursos do FUNDEB para pagamento de outras despesas.
Logo no primeiro dia de governo, a gestora denunciou em suas redes sociais os débitos referente a conta de energia dos últimos quatro meses, que totalizam cerca de 2,5 milhões de reais. Em outra publicação, a prefeita responsabiliza a gestão de Moema Gramacho (PT) e adverte que nos cofres do município deveriam ter 43 milhões disponíveis.
Por meio de publicação em seu perfil oficial, a Prefeita chama atenção dos professores e questiona: “Pra onde foi o dinheiro do FUNDEB?”. O dinheiro ao qual a atual gestora se refere, são valores repassados para o município através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), a Lei 14.276 estabelecida pelo fundo, garante o pagamento a todos os profissionais atuante na rede pública da educação.
Débora Regis e secretário atual da pasta, veio a público por meio das redes sociais, detalhar valores da folha de pagamento dos professores, informando o recebimento por parte do município de mais de 15 milhões em dezembro pela gestão anterior, direcionados para educação. Dinheiro que deveria ser utilizado para pagamento da folha atual.
No vídeo o secretário afirma que: “Esse recurso foi ingressado nos cofres públicos em dezembro, boa parte foi utilizada para pagamento da folha do mês de novembro. Ou seja, a folha do mês anterior foi paga com recursos do mês posterior”, conclui.
A prefeita também relata que a gestão anterior utilizou o recurso do FUNDEB, para pagamento de dívidas que totalizam 4 milhões decorrente de outras despesas. A gestora encerrou a fala pedindo paciência a categoria e afirmou: ”O salário de vocês, referente ao mês de Janeiro eu tenho o compromisso e irei pagar no dia certo. Porém, referente ao salário do mês anterior no qual não é de responsabilidade minha, o município irá tomar as medidas necessárias e ver a possibilidade de como irei fazer para pagar a todos vocês”.
Representantes da categoria se concentraram na frente da Prefeitura de Lauro de Freitas, para reivindicar seus direitos, e pedem o pagamento dos salários e outros benefícios que ainda não foram repassados à categoria.
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