Cadu Barcellos, cineasta cria da Maré, é morto no Centro do Rio

Cineasta deixa esposa e filho - Foto: Reprodução/ Redes sociais

O codiretor do filme “5X favela – agora por nós mesmos”, Cadu Barcellos, 34 anos, foi morto a facadas na madrugada da última terça-feira, 10. O ataque aconteceu próximo ao metrô na esquina da Avenida Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana, no Centro do Rio. Cadu foi encontrado caído no chão, poucos metros depois de onde foi atacado, por policiais do Batalhão da Praça da Harmonia. Ele deixa esposa e um filho de 2 anos.

O cineasta havia saído da Pedra do Sal em um carro de aplicativo e desembarcou no Centro, logo em seguida foi surpreendido. O amigo de Cadu, William Oliveira, disse à TV Globo que ele “foi assassinado possivelmente por conta de um celular, um RioCard e um punhado de reais”. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.

Carreira

Cadu Barcellos era morador do Complexo da Maré, lugar onde desde os 17 anos, promovia cursos de internet e audiovisual. Formado na Escola Popular de Comunicação Crítica (Espocc), do Observatório de Favelas e na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, Cadu dirigiu o curta “Feira da Teixeira”, produzido pelo Observatório de Favelas, e o programa “Crônicas da Cidade”, exibido no Canal Futura.

O cineasta também foi diretor e argumentista do episódio “Deixa voar”, que compõe o longa “5X favela – agora por nós mesmos”, diretor e roteirista da série “Mais x favela”, do canal Multishow e um dos diretores e roteiristas do documentário “5x Pacificação”. Cadu trabalhava atualmente como diretor artístico do grupo de pagode “No Lance” e era assistente de direção no Porta dos Fundos, no programa “Greg News”, no canal HBO.

Fora do campo do audiovisual, Cadu participou do grupo Corpo de Dança da Maré, onde atuou e dançou por três anos em espetáculos que rodaram o país. Foi coordenador do projeto “Jpeg”, da ONG Promundo, no qual liderava um grupo de jovens que promovia ações ligadas à saúde e à equidade de gênero.

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