Você sabe como se informar, de forma segura, sobre doenças como a tuberculose, suas causas, sintomas e tratamentos? A pergunta é ainda mais relevante no cenário de proliferação de notícias falsas.
Atualmente, o mundo enfrenta um grande problema. Ele surge com o crescente desenvolvimento e expansão do mundo virtual, e como ele a proliferação das chamadas fake news, ou notícias falsas.
Elas ficaram conhecidas e o termo se popularizou no contexto das redes sociais devido ao enorme aumento no número de mentiras. De acordo com levantamento da escola de jornalismo estadunidense Poynter Institute, com participantes de diversos países, no Brasil, 40% afirmam receber notícias falsas todos os dias nas redes sociais.
Outro dado alarmante, gerado por uma investigação da parceria entre as empresas Kaspersky, de segurança na internet, e CORPA, de pesquisas: eles concluíram que 65% dos brasileiros não conseguem distinguir notícias falsas de verdadeiras.
Preocupado com essa realidade, a campanha contra a tuberculose do Ministério da Saúde também se preocupa com notícias falsas. Entre outras ações, investe em informação correta, e distribuiu, em parceria com a Agência de Notícias das Favelas (ANF), placas do Minidoor Social para conscientizar a população sobre o tratamento.
Foram 125 minidoors sociais para informar sobre a importância do tratamento da tuberculose nas favelas do Rio de Janeiro e Recife.
Notícias falsas na saúde
A área da saúde é uma das mais atingidas pelas notícias falsas. Recentemente, durante a pandemia de Covid-19, circularam muitas mentiras sobre a vacina. Chegou-se a incentivar falsos tratamentos.
Entre as consequências negativas do compartilhamento de informações falsas sobre a saúde humana, esta incentivar a automedicação e tratamentos equivocados.
Dado este cenário, é de extrema importância o trabalho do Ministério da Saúde, que lançou campanha com informações verdadeiras e seguras sobre a tuberculose. Ela é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch.
Os arquivos em imagem, vídeo e áudio disponibilizados pelo Ministério de Saúde alertam sobre a doença e podem ser compartilhados pela população nas suas contas em redes sociais.
Isso expande corretamente o conhecimento e incentiva a prevenção e procura de auxílio médico na sua unidade de saúde básica mais próxima, caso identifique os sintomas.
Como se informar de forma segura
Apesar das desinformações que circulam online, há muitas vantagens, entre elas a possibilidade da comunicação entre instituições públicas e a população em geral. O ciberespaço é um grande instrumento para a propagação de políticas públicas.
Tendo isso em vista, o Conecte SUS, programa do Ministério da Saúde, tem a missão de promover a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil (ESD). O objetivo é apoiar a informatização nos diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde e a troca de informação entre os estabelecimentos de saúde e os cidadãos.
Um dos projetos do Conecte SUS, disponível para o acesso de todos os usuários, é o TabNet., com dados sobre saúde pública. Nele é possível encontrar estatísticas sobre a tuberculose, recortando por região, idade e raça, entre outros.
Também há outras ferramentas como o aplicativo do próprio Conecte SUS, que pode ser baixado em aparelhos celulares ou acessado o site pelo navegador. Ele apresenta informações e registros do usuário, como resultados de exames laboratoriais e os medicamentos dispensados pelo programa Farmácia Popular. Também podem ser acessados notícias e artigos sobre saúde.
Carlos Inácio, 25 anos e auxiliar de engenharia de áudio, é morador de Manguinhos, uma das favelas contempladas pela campanha contra a tuberculose no Rio de Janeiro. Ele cita a importância de portais oficiais do SUS para informar a população brasileira.
Carlos afirma que um grande benefício do Conecte SUS é o aplicativo, que acessa para obter o comprovante de vacinação contra a covid-19 e para acompanhar qual a data da próxima dose.
“Acho importante sites com informações oficiais e transportes de ações e dados dos serviços governamentais. A página do Ministério da Saúde no gov.br, onde leio notícias, é um bom exemplo onde podemos colher dados oficiais de forma transparente sobre situações epidemiológicas, para que possamos nos informar e combater as fake news.”