A CASA DA FAVELA, integrando a programação oficial da Feira Literária Internacional de Paraty 2024, vem acumulando uma diversidade de experiências potentes, necessárias e que confirmam a riqueza da produção de conhecimento na periferia. Temas urgentes que compõem os mais diversos contextos da vida nas periferias estão sendo abordados pelos convidados e parceiros.
Do lugar histórico das mulheres pretas e indígenas escreviventes, num processo de reconhecimento,
incentivo e ampliação da sua produção literária e acadêmica, passando pelo debate sobre os
movimentos de luta pela terra e em defesa da vida, mais detidamente, a partir do resgate de saberes,
visões de mundo e experiências de base comum e coletiva, trazendo, ainda, à reflexão os processos
de formação e transformação da juventude, vetorizados pela comunicação comunitária, desde o primeiro dia, na última quarta-feira, 9, incluindo um balanço apresentado pelo Secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura sobre as ações e políticas com ênfase na periferia.
Junto desse caldeirão, interveções artísticas brilharam ao longo dos “entre-debates”, com slam,
jongo, roda de samba, grupos caiçaras, rappers e Mcs. Uma mescla de experiências que seguem
fortalecendo possibilidades de vidas plenas.
E agora seguimos para uma intensa programação, com debates sobre a produção literária infantil,
sobre os caminhos ainda possíveis de sustentação de utopias periféricas, sobre a produção literária
periférica em si, com autores jovens que encontraram na escrita um caminho de superação e (re)existências, e fechando com experiências de extensão da UFRJ.