“Foram 17 anos de luta para conseguir esse espaço. Sinto um grande orgulho disso”, DJ Branco, fundado do CMA HIP HOP (Comunicação, Militância e Atitude Hip-Hop) e um dos idealizadores do projeto da Casa do Hip Hop Bahia.
No dia 12 de novembro, data que é celebrado o Dia Mundial do Hip-Hop, Salvador será palco da inauguração da Casa do Hip Hop Bahia, um projeto idealizado há quase duas décadas, pela Rede Aiyê Hip-Hop, coletivo que reunia artistas e militantes do movimento cultural de Salvador e Lauro de Freitas (região metropolitana de Salvador).
“Desde 2004, já discutimos sobre a importância de um espaço para o Hip-Hop na cidade de Salvador”, comenta DJ Branco.
Em 2010, a Casa do Hip Hop Bahia, entrou com uma das metas da CMA HIP HOP (Comunicação, Militância e Atitude Hip-Hop). Porém, só em 2018 o Governo do Estado, firmou a parceria.
A Casa do Hip-Hop era para ter sido inaugurada em 2020, mas devido a pandemia da covid-19, o evento foi adiado. Ainda falta equipar a Casa para iniciar as atividades.
A CMA Hip Hop, será a entidade que vai coordenar e administrar a Casa.
O evento de inauguração da Casa do Hip-Hop Bahia é uma produção da CMA HIP-
HOP com o apoio do Governo do Estado da Bahia, e será às 16h, no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho, em Salvador, com a participação de representantes do hip-hop de 15 cidades baiana.
Na ocasião vão se apresentar a banda Afrocidade, o grupo Nova Era, Família Tríplice, Udi Santos, discotecagem com Dj Leandro Vitrola e apresentação de roda de breakdancing com Unidade All Star Crew (dança de rua) e pintura de painéis de graffiti ao vivo.
Estrutura da Casa do Hip-Hop Bahia
A Casa do Hip Hop terá um estúdio de multimídia, uma sala multiuso para palestras, cursos, oficinas, projeção de vídeos e reuniões, um escritório, um espaço de coworking com exposição de livros, uma loja colaborativa, um memorial da cultural hip hop baiana, uma área externa para eventos de pequeno porte e dois banheiros.
O local será um polo de formação e produção cultural, uma incubadora de processos artísticos e criativos que vai trabalhar com arte-educação, empreendedorismo, tecnologia da informação e inovação. Vai funcionar como um espaço de referência sociocultural e articulação estratégica da cultura hip-hop e da juventude negra.
O espaço irá estimular o empreendedorismo, a formação superior, a pesquisa, aperfeiçoamento de técnicas e metodologias no trabalho coletivo, na perspectiva de contribuir com a superação das desigualdades socioculturais e raciais.
Saiba mais sobre a Casa do Hip Hop Bahia através da entrevista feita com o DJ Branco.
Quando a casa começa a funcionar para o público?
A Casa irá começar oficialmente no dia da inauguração no dia 12 de novembro com sua programação artística, mas por conta dos protocolos de segurança o acesso no dia da inauguração até o momento será apenas para convidados.
Como será o funcionamento do espaço para os artistas baianos? Agendamento, valores…?
A maioria das ações realizadas na Casa do Hip-Hop Bahia serão gratuitas, algumas poucas vamos cobrar um valor simbólico para garantir manutenção e estrutura da ação.
Os artistas vão poder fazer agendamento prévio de forma gratuita para realizar ações na Casa do Hip-Hop Bahia.
Outras expressões artísticas não ligadas ao Hip-Hop poderão utilizar o local? De que maneira?
A Casa do Hip-Hop Bahia é voltada não só para artistas da cultura hip-hop e sim para todos aqueles e aquelas jovens negros e negras que desenvolvem arte nas periferias de todo o estado.
Como se deu a escolha do local e da localização?
Desde do início do projeto pensado pela antiga Rede Aiyê Hip-Hop, há mais de 17 anos, atrás sempre buscamos uma localização central para a sede da Casa do Hip-Hop Bahia, em diálogo com o Instituto de Patrimônio Artístico de Cultural do Estado da Bahia (IPAC), nos foi apresentado alguns espaços ociosos no Centro Histórico de Salvador, Pelourinho, e acabamos escolhendo o imóvel localizado no Largo Quincas Berro D’Àgua, pela sua fácil localização e ser no coração do Centro Histórico.
Quais os parceiros institucionais da Casa do Hip Hop Bahia?
Atualmente os parceiros institucionais são: Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (SEPROMI), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI), o Centro de Culturas Populares e Indenitárias (CCPI), a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), o Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (IPAC), a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT), a produtora Maquinário Produções, a produtora Polo Cultural, a Vale do Dendê, o canal Afro.TV, a Rádio Educadora FM, a plataforma Salvador Meu Amor, e a Associação Lar Joana Angélica.
“Estamos em diálogo constante com outras instituições públicas e privadas para futuras parcerias”.
O uso do imóvel é resultado de uma concessão pública pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – IPAC, unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Toda programação seguirá os protocolos de segurança sanitária determinados pela Secretaria de Saúde do Estado e do munícipio.
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