Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, auxiliar de serviços gerais, mãe de quatro filhos, negra, moradora do Morro da Congonha, em Madureira, foi morta em meio a um troca de tiros entre policiais e traficantes durante uma operação do 9º BPM no morro, no dia 16 de março de 2014. Em seguida, teve o corpo arrastado na viatura policial, quando o porta-malas do carro se abriu. O corpo ficou preso por um pedaço de roupa e foi arrastado por 350 metros do local em que a vítima havia morrido.
Notas de repúdios do governo, do departamento de polícia, dos órgãos internacionais foram divulgadas na imprensa.
Os policiais que participaram da operação e colocaram Cláudia no porta-malas, Adir Serrano, Rodney Archanjo, Alex Sandro da Silva e Gustavo Ribeiro Meirelles foram presos preventivamente, mas foram soltos por falta de provas. Atualmente, respondem livremente pelo crime de fraude processual (alteraram a cena do crime).
Os comandantes da operação Rodrigo Medeiros Boaventura e Zaqueu de Jesus Pereira Bueno foram indiciados por homicídio doloso qualificado (quando existe a intenção de matar). Tiveram a prisão por 30 dias decretada e hoje estão soltos.
O caso repercutiu por toda a imprensa após a divulgação do vídeo pelo jornal Extra, feito por um cinegrafista amador, que flagrou o momento em que o corpo da Cláudia aparece sendo arrastado no porta-malas do carro da polícia.
Quatro anos se passaram e o crime se tornou mais um caso impune. A sociedade pede respostas e cobra uma solução para que a violência policial e a impunidade em casos de crimes policiais recebam os devidos tratamentos legais e justos.