Nesta quinta-feira (25) a vereadora Benny Briolly (PSOL) declarou durante o plenário da Câmara de Niterói ter sido agredida pelo vice presidente da Comissão de Direitos Humanos Douglas Gomes (PTC), que já possui uma série de casos polêmicos dentro da casa legislativa. Segundo ela, o vereador proclamou agressões verbais transfóbicas, racistas e misóginas.
O depoimento da vereadora, eleita pelo PSOL como a mulher mais votada do município de Niterói, foi gravado através das redes sociais, e nele ela afirma: “Foi horrível e doloroso! Chorei, senti medo, senti a dor de ser mulher negra e trans na política, mas não recuei. Companheiras me ajudem porque eu não posso andar só!”.
O vereador se posicionou em resposta pelo Twitter, negando todas as acusações e atacando a vereadora, à chamando pelo gênero masculino e se referindo-se à ela como “mentiroso”e “moleque”.
Complementou ainda com outras declarações, incluindo: “A turma arco-íris não me quer na câmara! Sinal que o trabalho está sendo bem feito. Sou vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos. Direitos humanos para humanos direitos!”.
Nesta sexta-feira (26) a vereadora fez uma live com outros ativistas e mulheres e homens atuantes na política para fortalecer o pedido de mudança, apoio e proteção à sua vida; reiterando a necessidade do debate de raça, classe e gênero na construção de uma nova sociedade. Diversas pessoas passaram pela live e deixaram sua solidariedade à vereadora.
Ela também pediu, em reunião da câmara, que o vereador fosse deposto de seus cargos, sob as acusações de que o político já havia diferido declarações transfóbicas e teria defendido o Coronel Carlos Brilhante Ustra, torturador da época da ditadura militar.
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