Foi remarcado para 25 de maio o julgamento dos policiais militares Vinícius Lima e Fábio Magalhães, suspeitos no assassinato de Mateus Alves dos Santos no que ficou conhecido como Caso Sumaré. Os acusados seriam julgados nesta quinta-feira, 06.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado informou que o adiamento foi pedido tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa dos réus, porque o vídeo feito dentro da viatura policial – e que é uma das principais provas do crime – estava com más condições técnicas no áudio. Isso poderia prejudicar o entendimento por parte dos jurados. O tempo seria necessário para legendar corretamente o vídeo para o júri.
Pais e familiares de Mateus fizeram uma manifestação na porta do TJ-RJ. “Nós não queremos vingança. Queremos apenas justiça”, desabafou Tyago Virgínio, pai de Mateus.
Entenda o caso
Em 11 de junho de 2014, os cabos Vinícius Lima e Fábio Magalhães faziam diligências na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, em busca de dois menores de idade que cometiam furtos na região do Camelódromo da Uruguaiana. Mateus Alves dos Santos e outros dois menores foram apreendidos e levados pelos policiais para o alto do Morro do Sumaré.
Um dos jovens foi liberado no caminho, mas Mateus e o outro menor foram baleados na Estrada do Alto. Mateus morreu na hora, com tiros na cabeça, no peito e na perna, e seu corpo só foi encontrado cinco dias depois. O menino que sobreviveu foi baleado no joelho e nas costas, mas conseguiu escapar porque se fingiu de morto. Há rumores de que Vinícius e Fábio faziam parte de um grupo de extermínio bancado pelos comerciantes da região da Rua Uruguaiana.